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Tarifa de 50% dos EUA ameaça milhões em exportações do Vale do Jaguaribe

11 de agosto de 2025 às 12:21

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A imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos deve atingir fortemente o agronegócio cearense, com destaque para quatro cidades do Vale do Jaguaribe: Aracati, Russas, Pereiro e Palhano. O impacto foi apontado por levantamento do Observatório da Indústria da Fiec, que analisou três segmentos específicos, pescados; cera de carnaúba; e o grupo formado por água de coco, castanha, mel e melão.
No ranking estadual, Aracati ocupa a 4ª colocação geral, com US$ 6.187.947 exportados no primeiro semestre de 2025, grande parte proveniente da produção de frutas, especialmente melão, e derivados. Russas aparece na 10ª posição, totalizando US$ 2.379.433, valor expressivo para um município que vem consolidando sua participação na fruticultura irrigada voltada ao mercado externo.
Pereiro, em 14º lugar no levantamento, somou US$ 180.114 no período, enquanto Palhano, na 16ª colocação, registrou US$ 94.394. Apesar de representarem valores menores, esses municípios também serão prejudicados, já que dependem de cadeias produtivas que têm nos Estados Unidos um dos principais destinos.
O estudo mostra ainda que, até junho de 2025, 49% das exportações cearenses de água de coco, castanha, mel e melão tiveram como destino o mercado norte-americano, movimentando US$ 32,9 milhões. Com a nova taxação, a competitividade desses produtos deve cair, afetando desde o campo até as indústrias de beneficiamento, e colocando em risco empregos e renda no Vale do Jaguaribe.
Caso o “tarifaço” seja mantido, especialistas alertam que a retração nas vendas externas poderá provocar ajustes na produção, cortes de postos de trabalho e redução nos investimentos para a próxima safra, ampliando o desafio econômico para toda a região.