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Voluntários dedicam tempo livre e arriscam a própria saúde para limpar praias no Ceará

23 de outubro de 2019 às 08:11

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"Tristeza e resistência", foram os sentimentos do estudante Gabriel Chagas, 25 anos, quando viu as manchas de óleo atingir as praias de Fortaleza. O jovem, que atua como voluntário no Instituto Verdeluz desde 2014, esteve presente em duas ações de limpeza na Praia Porto das Dunas e na Praia do Futuro, na Grande Fortaleza.

Gabriel é um entre centenas de voluntários que improvisam equipamentos e arriscam a própria saúde para limparas praias nordestinas, afetadas por uma mancha de petróleo cru que prejudica o litoral do Nordeste desde o início de setembro. Mais de 200 praias dos nove estados da região foram poluídas.

A estudante de medicina veterinária Adla Farah conta que sofreu uma intoxicação ao ter contato com o óleo e por isso teve que se ausentar do trabalho voluntário. "Quando fui resgatar uma tartaruga viva que encalhou, eu a levei de volta para o mar e, depois, me sentei na areia para curtir o resto dia, mas fiquei com uma intoxicação", lembra.

O G1 conversou com pessoas que estão dedicadas à limpeza das praias do Ceará, sem receber dinheiro ou recompensa pelo serviço. Elas acreditam que a preservação do meio ambiente e a redução do impacto ambiental recompensam o esforço e trazem retorno para todos.

Não foram esclarecidos quais danos à saúde humana as manchas podem causar, mas a Secretaria de Meio Ambiente do Ceará orienta que as pessoas evitem o contato com o óleo para evitar riscos. Mesmo com equipamentos improvisados, o voluntários se dedicam à retirada das manchas.

Entre a fauna marinha, a poluição já causou a morte de vários animais no Ceará e no Nordeste.