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'Trazer os médicos do exterior é uma possibilidade', diz Camilo após reunião com ministro da Saúde

22 de abril de 2020 às 15:10 - Atualizado em 22/04/2020 15:11

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O Ministério da Saúde está avaliando a possibilidade de acatar o pedido dos governadores do Nordeste quanto à contratação de cerca de 15 mil médicos formados no Exterior que ainda não possuem autorização para atuar no Brasil. Foi o que afirmou o governador do Ceará, Camilo Santana, em entrevista à GloboNews, na manhã desta quarta-feira (22). A ampliação do quadro dos profissionais da área segue recomendações do Comitê Científico do Consórcio Nordeste com o objetivo de combater e prevenir o novo coronavírus.

"Há uma carência muito grande de profissionais [da saúde], mas precisamos ampliar essa capacidade de atendimento nos estados brasileiros e a possibilidade de trazer esses médicos do exterior é uma das alternativas", disse Camilo.

Ele e demais governadores da região Nordeste, se reuniram na noite de segunda-feira (20) , por videoconferência, com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich. Na ocasião, ele se comprometeu a analisar a situação de cada estado e realizar uma nova reunião durante esta semana.

"Ele (ministro) se colocou à disposição de avaliar essa sugestão dada pelos governadores do Nordeste. (...) Estamos em um bom diálogo com o Ministério, há uma disposição do ministro em relação a esse diálogo", garantiu Camilo.

Política e ideologias "de lado"

O governador do Ceará já prorrogou por três vezes o decreto estadual de isolamento social que proíbe o funcionamento de serviços não essenciais. A determinação, segundo Camilo, segue orientações de especialistas em saúde. Porém, vai de encontro com o que defende o presidente Jair Bolsonaro, segundo o qual o isolamento deveria ser encerrado para que, assim, haja a retomada da economia.

Mesmo sem se referir ao presidente, o chefe do executivo estadual do Ceará avaliou que, desde o início da pandemia, não há no Brasil uma uniformidade nas ações de combate ao coronavírus por parte dos gestores.

"Essa dubiedade que tem existido desde o início tem sido ruim para o fluxo de ações no Brasil. Isso tem gerado uma série de conflitos, inclusive entre estados. Teve estado que tomou determinadas decisões nos seus decretos e isso é ruim para esse processo em que todos devemos estar unidos, uniformes", defendeu.

A expectativa do governador, segundo diz, é que Nelson Teich tome decisões com base na ciência, "daquilo que é melhor pra proteger os brasileiros. (...) Espero que a gente possa, cada vez mais, deixar um pouco a política, a questão ideológica de lado e focar na questão da saúde, da ciência, e no mais importante nesse momento que é preservar vidas".

Com informações do G1