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Terminal no Pecém vai gerar 12 milhões m³ de gás por dia

12 de setembro de 2016 às 07:33

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A empresa coreana Korea Gas Corporation (Kogas) irá instalar uma unidade fixa de regaseificação no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). Através de um Memorando de Entendimento (MOU), firmado com o governo do Ceará, em Seul – capital da Coréia do Sul –, na semana passada, a Kogas decide participar junto com a Cegás e com o Grupo Posco E&C e Daewoo do projeto da unidade de regaseificação no CIPP. A iniciativa, avaliada em U$ 600 milhões, terá capacidade total de 12 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, e possivelmente será desenvolvida em duas fases de 6 milhões de metros cúbicos cada.

O assessor Especial para Assuntos Internacionais, Antonio Balhmann, representou o governador Camilo Santana, na capital coreana. Para Balhmann, o projeto representa uma infraestrutura essencial para todas as empresas que se instalarem na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE) e será a base para avançar com o gás até o Cariri cearense no futuro, tendo a Transnordestina em Brejo Santo como a base da distribuição do gás para aquela região. Além do assessor, o documento foi assinado pelo presidente da Korea Gas Corporation, Seung Hoon Lee; e pelo vice-presidente da Kogas, Su-Seog Koh. A Kogas, que é o maior complexo coreano de produção e fornecimento de gás natural, confirma o interesse no desenvolvimento da infraestrutura desta fonte de energia no Estado do Ceará.

Desenvolvimento


Assinado o Memorando, o próximo passo será a realização do estudo de viabilidade do projeto. Para isso, a Kogas enviará ao Ceará uma equipe de trabalho para cumprir uma agenda no Brasil de levantamento das informações necessárias ao estudo. Balhmann lembra que o Estado do Ceará já tem exemplos de investimentos coreanos bem sucedidos, como é o caso da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).


Segundo o assessor, o Estado tem investido de forma significativa em infraestrutura e em atração de novos investimentos na última década. “Há menos de 10 anos, o Ceará praticamente não gerava sua própria energia, ou seja, ela era gerada em outros estados. Nesse tempo, o Ceará investiu bilhões de dólares em geração de energia, incluindo eólica, gás e carvão”, ressalta. Hoje, o Ceará é autossuficiente na geração de energia e o terceiro maior gerador de energia de fonte eólica do país. “Embora tenhamos uma unidade de regaseificação da Petrobrás, nós precisaremos de uma infraestrutura desta fonte energética muito mais forte e definitiva para apoiar os audaciosos projetos de desenvolvimento do Estado, inclusive a própria ZPE Ceará”, explica.


Conforme Balhmann, o governador Camilo Santana decidiu trabalhar na implantação do terminal de regaseificação de GNL onshore no Porto de Pecém, por considerar a infraestrutura de gás estratégica para o crescimento do Estado. “O objetivo é reforçar o crescimento econômico do Ceará, atendendo as áreas industriais e comerciais e possibilitando o acesso da população à energia confiável e limpa através da operação da usina de gás natural”.

Interlocução


Além da Kogas, a grande trade coreana, Posco Daewoo, integrará o projeto com o papel principal de estruturar a engenharia financeira do terminal GNL de Pecém. No mesmo dia da assinatura do memorando com a Kogas, Balhmann participou de uma reunião, em Incheon, com o vice-presidente da Posco Daewoo, Doo-Young Hong e com a diretoria executiva na sede mundial da empresa para falar sobre a importância desta nova planta GNL no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).