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Será campus do IFCE o maior Centro de Treinamento do país inaugurado em área industrial

28 de novembro de 2015 às 11:46

O Centro de Treinamento do Trabalhador Cearense (CTTC) foi inaugurado nesta sexta-feira pelo governador do Ceará, Camilo Santana, e em seguida entregue à gestão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE). O acordo de cooperação com cessão de uso por 10 anos, para viabilizar o funcionamento dos cursos, foi assinado em seguida pelo governador, pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda e pelo reitor do IFCE, Virgílio Araripe.

Também assinaram como testemunhas os prefeitos Washington Gois, de Caucaia; Cláudio Pinho, de São Gonçalo do Amarante e Sidney Gomes, de Paracuru; os deputados federais Leônidas Cristino e Chico Lopes, os estaduais Bethrose e José Sarto. O IFCE já tem autorização do Ministério da Educação para contratar os primeiros professores e técnicos administrativos para a unidade que no futuro será transformada no 27º campus do IFCE, disse o reitor.

Não existe nenhum outro complexo industrial no país com um centro de treinamento dotado de laboratórios com a dimensão do CTTC, disse Inácio Arruda, citando dirigentes de empresas que visitam a unidade. Os cursos vão começar em janeiro de 2016 na modalidade de educação inicial e continuada para atender demandas das indústrias do Complexo Industrial Portuário do Pecém nas áreas de soldagem e eletricista industrial.

Em junho começa a oferta dos cursos técnicos de nível médio, informou Virgílio Araripe. O CTTC possui laboratórios de soldagem, química industrial, construção civil e mecânica de máquinas – cada um deles dotado de laboratório de informática, disse Inácio Arruda.

Camilo Santana informou que a Zona de Processamento de Exportações (ZPE) instalada no Complexo do Pecém - a única em funcionamento no país -, terá a sua área ampliada para receber refinaria. Segundo ele, a Petrobrás “já está devolvendo” a área repassada pelo governo do Ceará para a refinaria da qual desistiu.

O projeto será retomado com a parceria chinesa, e consta como prioridade número 1 do país no Pacto Brasil-China. A área da ZPE já abriga o investimento de US$ 6 bilhões de siderurgia da CSN. “Não desistimos e continuamos na luta pela refinaria que é importante para o Ceará”, afirmou Camilo Santana.

O Porto do Pecém, segundo o governador, recebe investimento de R$ 700 milhões para duplicar sua capacidade com mais três berços de atracação. Também são investidos R$ 170 milhões numa correia transportadora de minério e carvão para a siderúrgica e termoelétrica.

O deputado Leônidas Cristino, ex-ministro dos Portos, observou a correlação entre taxa de desenvolvimento do país e a taxa de crescimento dos portos, que geralmente é o dobro do resultado da economia nacional. Se o país cresce 2%, os portos têm crescimento de 4%. Este ano no Brasil, todavia, quando a economia do Brasil enfrentou uma retração projetada de – 2,5, o sistema portuário terá um crescimento inédito de 4%, um comportamento atípico.

O parlamentar atribui o bom resultado ao Marco Regulatório do Sistema Portuário Nacional, que organizou o setor para receber investimentos privados e públicos, e tem como uma das premissas a qualificação para formação dos trabalhadores do sistema portuário. Os portos no país estavam diante de uma situação crítica gerada por demanda de carga maior do que a capacidade de movimentação, antes do Marco.

“O Brasil é uma boa referência no investimento e melhoria da infraestrutura portuária”, disse Leônidas Cristino. O deputado defendeu o investimento em novos equipamentos para potencializar a operação nos portos e a capacitação dos trabalhadores para acompanhar a evolução tecnológica e a eficiência do sistema.

O CTTC, de acordo com Leônidas Cristino, não é específico para a área portuária. Contudo, o deputado sugeriu que o IFCE possa trabalhar no direcionamento da capacitação multifuncional dos trabalhadores do porto para que possam operar vários tipos de equipamentos. “Um porto com maior capacidade de movimentação de carga no menor tempo e com o menor custo é o que o investidor quer”, disse ele.