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Sebrae apoia central de criadores de camarão na Região Jaguaribana

04 de fevereiro de 2016 às 08:24

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O crescimento de 40% na produção de camarão e o aumento em 52% da receita dos produtores confirmam o caso de sucesso em que se transformou a Central dos Criadores de Camarão de Jaguaruana-Cammãrus. Criada em 2013, a unidade é resultado direto de uma ação desenvolvida pelo Escritório Regional do Sebrae no Baixo Jaguaribe junto a pequenos carcinicultores do município, com o apoio da Prefeitura Municipal que reduziu taxas e adequou a Legislação local à atividade.

Contando com 115 associados e uma área de 235 hectares de viveiros, a Cammãrus gera 320 empregos diretos e indiretos e comemora um faturamento médio anual de R$ 27 milhões, além de uma produção média anual de 2.115 toneladas.

Mas, para chegar a esses números, os criadores e o Sebrae Ceará desenvolveram uma série de ações que começou com a organização e oficialização da própria Central. Depois, os carcinicultores, assessorados pelos técnicos da instituição, concentraram esforços para obtenção da licença ambiental. Dezesseis já foram aprovadas e os outros estão com processos em tramitação. Paralelamente, os associados passaram a receber a consultoria de um engenheiro de pesca que tornou-se responsável pelo projeto diante do CREA-Ceará.

Com isso, os produtores passaram a ter acesso a orientações técnicas sobre manejo produtivo, nutricional e sanitário, e dicas sobre gestão de negócios, além de contarem com a realização de, aproximadamente, 300 análises de solo e da água dos viveiros, feitas com o objetivo de diagnosticar possíveis deficiências de nutrientes e embasar os receituários para o suporte técnico do projeto.

Esse manejo correto e assistido, viabilizado a partir do Sebrae, em dois anos elevou a taxa de sobrevivência dos camarões de água doce em 16% e, em alguns casos, conseguiu dobrar a produção, tendo contribuído, também, para o aumento do peso dos crustáceos em 0,57% e redução em cinco dias do período de cultivo.

Estes bons resultados estão ajudando a mudar mentalidades entre os produtores da região porque, vendo a produção de um grupo de, digamos, 28 produtores, por exemplo, saltar de 714.560 quilos para 1.001.443 e a receita passar de R$ 8.850.595,00 para R$ 13.494.713,00, outros carcinicultores começam a mudar a mentalidade e a adotar a mesma sistemática.

Para o articulador da Unidade de Agronegócio do Sebrae Ceará, Paulo Jorge Leitão, quatro pontos são responsáveis pelo sucesso da iniciativa: “Primeiro, a legalização dos carcinicultores. Em segundo, a produtividade. Em terceiro, a gestão da água, porque os produtores estão investindo no reuso da água, o que demonstra consciência ambiental e. em quarto, o mercado porque eles estão comercializando a produção na própria região”, explica.

Com Sebrae-Ceará


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