Saiba as 32 cidades cearenses que estão na linha vermelha do consumo de crack
26 de setembro de 2017 às 08:29 - Atualizado em 26/09/2017 08:33

Levantamento realizado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) aponta que a droga é um grave problema para 32 municípios cearenses. No país o impacto atinge 1.155 municípios brasileiros, um quinto (20,7%) dos 5.570 existentes. As informações são do site UOL publicadas nesta terça-feira.
As informações foram dadas pelas prefeituras ao Observatório do Crack. O banco de dados classifica os problemas relacionados ao uso do crack como alto, médio e baixo. Se somados todos os níveis de problemas relacionados à droga, chega-se à conclusão de que ela está presente em pelo menos oito de cada dez municípios brasileiros (78,5%). O número pode estar subestimado, já que 945 (17%) dos municípios não responderam. Somente 5% (252) informaram não ter de administrar problemas relacionados ao crack.
São Paulo, em números absolutos, tem o maior número de cidades com graves problemas gerados pela presença do crack – um total de 193. Minas Gerais ocupa a segunda colocação, com 191 municípios nesta situação.
As informações coletadas pelo Observatório do Crack começaram a ser tabuladas em 2010, em uma das marchas que os prefeitos fizeram a Brasília. Trata-se apenas de um mapeamento da circulação da droga e das dificuldades enfrentadas pelos gestores. Eles não mensuram, por exemplo, quantos usuários existem nestas cidades nem quantos são atendidos.
O dado mais recente sobre o consumo da droga no país dá conta de que são 2 milhões de usuários de crack. Porém ele está defasado, já que foi elaborado em 2010 numa parceria da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). À época foram detectadas 29 cracolândias em 17 capitais brasileiras.
Para fomentar o painel da confederação, os prefeitos recebem questionários com 26 perguntas. Nelas, eles informam se a presença do crack impacta áreas como saúde, assistência social, educação e segurança das suas administrações. Ao final, é o próprio gestor –geralmente acompanhado de sua área técnica– quem irá classificar se o nível do problema. Não existem “pré-requisitos” a serem preenchidos. “Quando um gestor indica que o nível do problema é alto, significa praticamente um pedido de socorro”, afirma Paulo Ziulkoski, presidente da confederação.