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Rios cearenses não alcançam boa qualidade da água, diz levantamento

22 de março de 2019 às 08:27

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A sustentabilidade dos principais recursos hídricos do Ceará se mantém em situação de alerta. É o que aponta relatório divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica, neste Dia Mundial da Água (22/03), ao constatar que, dos oito rios e mananciais cearenses monitorados pela instituição, nenhum possui qualidade boa de suas águas.

Os rios Pacoti, Ceará, Cocó, Curu, os riachos Maceió e Parreão, a lagoa do Porangabussu e o açude Santo Anastácio foram classificados como regulares, levando em consideração indicadores como temperatura da água e do ambiente, espumas, lixo flutuante, coliformes totais, entre outros. A análise foi feita entre março de 2018 e fevereiro de 2019.

O resultado faz parte da pesquisa “O retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica”, feito a partir da análise de 220 rios brasileiros. O levantamento conclui que, em todo o País, os índices de qualidade dos mananciais estão perdendo sua capacidade de abrigar vida aquática, de abastecer a população e de promover saúde e lazer para a sociedade.

Dos 278 pontos de coleta de água monitorados no Brasil, somente 18 (6,5%) apresentaram qualidade boa e nenhum ótima. Outros 207 (74,5%) apresentam qualidade regular, 49 (17,6%) qualidade ruim e 4 (1,4%) péssima.

De acordo com o relatório, os usos desordenados ao longo do curso dos rios, assim como a falta de saneamento básico acabaram provocando interferência direta na qualidade da água. Já entre os mananciais que se mantiveram em boas condições, relaciona-se a existência de florestas, matas nativas e áreas protegidas.

Recuperação

Nas unidades de conservação do Ceará, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) destaca promover ações de recuperação, como a limpeza do rio Cocó, que garantiu o retorno da navegabilidade em alguns trechos; assim como a ampliação da Área de Proteção Ambiental - APA - do Estuário do Rio Ceará, com a incorporação do seu principal afluente, o rio Maranguapinho, totalizando quase 4 mil hectares de área protegida.

Conforme a Pasta, os projetos de florestamento e reflorestamento do Ceará, hoje, priorizam a recuperação de áreas degradadas em mananciais como os rios Cocó, Pacoti e Ceará.

Sobre os mananciais de Fortaleza, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) informa finalizar o processo de contratação e emissão da Ordem de Serviços do Programa de Monitoramento dos Recursos Hídricos, que contemplará o monitoramento de 27 Lagoas/Lagos/Açudes e 12 Rios/Riachos. Esse trabalho deve ter início no mês de abril.

Em paralelo, destaca desenvolver e implantar projetos de requalificação e urbanização dos recursos hídricos, viabilizando melhorias urbanas e ambientais. O projeto de requalificação do Parque Rachel de Queiroz, segundo a Seuma, contemplará a revitalização dos recursos hídricos ao longo do parque, como o Açude João Lopes, Riacho Alagadiço e o Açude da Agronomia, em benefício de cerca de 285 mil pessoas.


Com informações do G1