Refinaria terá mais três novas sócias chinesas
02 de abril de 2018 às 09:29

A refinaria planejada pelo governo do Ceará deve contar com mais três sócias chinesas, além da já conrmada Qingdao Xinyutian Chemical, segundo revelou o secretário Antonio Balhmann (Assuntos Internacionais). Ele não falou o nome das companhias, mas armou que uma deve fazer a planta da unidade de reno, enquanto as outras duas empresas - pertencentes ao mesmo grupo empresarial -, vão se dividir no desenvolvimento da engenharia e da construção de três usinas térmicas de 300 megawatts (MW) que serão instaladas na própria refinaria.
Inicialmente, o governo cearense deve ter participação de 10% do negócio, relativo ao valor do terreno onde será construída a renaria, mas que pode vender no futuro. O acerto da parceria do Estado no empreendimento se deu na assinatura do memorando de entendimento com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, da sigla em inglês), em dezembro de 2017.
Valores e capacidade
O documento assinado pelo governador Camilo Santana e o vice-presidente do CDB, Cai Dong, estabelece que US$ 4 bilhões serão destinados à primeira fase da renaria cearense, enquanto que US$ 500 milhões vão para a construção de um novo terminal petroleiro ou a expansão do Terminal de Múltiplas Utilidades (Tmut) do Porto do Pecém.
Já mais US$ 4 bilhões serão destinados para a segunda fase da renaria e outros US$ 3 bilhões para a construção de uma indústria petroquímica.
A cada uma das fases planejadas para o empreendimento, espera-se que a capacidade seja medida em 150 mil barris de petróleo diariamente. Além disso, o governo estimou em 2,7 mil os empregos formais diretos gerados na fase inicial de construção da refinaria.
Agora, a tarefa de concretizar essa inclusão que benecia diretamente o projeto do Ceará está a cargo do próprio governador Camilo Santana e também do presidente do Senado Federal, senador Eunício Oliveira, também cearenses. Os dois, conforme acrescentou Balhmann, devem articular isso com o Ministério do Planejamento - responsável pela inclusão da lista de projetos prioritários no acordo Brasil-China - e o próprio presidente Michel Temer.
O objetivo é ter a renaria cearense entre os projetos prioritários no próximo encontro dos Brics - grupo econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) -, que deve acontecer ainda em setembro.
Diário do Nordeste