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Prejuízo da onda de ataques pode chegar a R$ 18 milhões no Ceará

11 de janeiro de 2019 às 08:45 - Atualizado em 11/01/2019 08:47

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A série de ataques no Ceará tem causado prejuízos ao patrimônio público e privado. No fim, quem deve pagar essa conta? 

Os ataques têm sido variados. Desde um carrinho de churros, no bairro Bom Jardim, à tentativa de implosão de um viaduto em Caucaia.

Os custos para escorar e reparar a estrutura são elevados. O transporte coletivo também virou alvo.

Pelo menos 27 ônibus em todo estado foram atacados nesta onda de terror que já passa de uma semana. De acordo com o Sindiônibus, cada veículo novo custa em torno de R$ 450 mil. Se for preciso repor metade desses coletivos, o prejuízo chega a quase R$ 6 milhões. Isso sem considerar os ônibus que tiveram perda parcial e outras despesas para substituição.

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Nem o transporte escolar escapou. Em todo o Estado, foram incendiados 24 veículos do tipo. Nove somente em Morada Nova. Cada ônibus escolar novo custa entre R$ 200 e R$ 300 mil, no padrão exigido pelo Governo Federal.

Em Ibaretama, toda a frota de veículos do município foi queimada numa única ocorrência. O patrimônio era avaliado em R$ 4 milhões. Uma ambulância deve custar mais de R$ 200 mil. Um caminhão-caçamba, R$ 1 milhão.

Depósitos no distrito de irrigação do baixo Acaraú também foram alvos dos ataques criminosos. Os produtores rurais tiveram perda de R$ 5 milhões em equipamentos de irrigação e outros materiais.

As ações também atingiram o patrimônio privado. Quatro concessionárias e revendas de veículos foram atingidas. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotivos, o seguro-pátio, válido até o momento da entrega aos compradores, não cobre atos de vandalismo.

Pelo menos dois supermercados sofreram tentativa de ataque, mas o que começa a afetar o setor é o fechamento mais cedo das lojas e queda nas vendas por causa da redução de clientes.

Somente com os prejuízos mostrados na reportagem do Jornal Jangadeiro, o montante pode chegar a R$ 18 milhões. A Justiça entende que os danos devem ser reparados por quem os causou. Com relação aos recentes ataques, o advogado José Teles Bezerra Júnior explica que o Estado não tem responsabilidade de ressarcir os prejuízos causados ao patrimônio público ou privado, mesmo tendo como dever garantir a Segurança Pública.

Reportagem do Jornal Jangadeiro, da TV Jangadeiro/SBT.