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Pesquisadores do Ceará enviam pele de tilápia para tratamento de animais feridos em queimadas no Pantanal

05 de outubro de 2020 às 15:27

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Uma equipe cearense formada por um biólogo, uma veterinária e um enfermeiro, viaja, nesta terça-feira (6), para o Mato Grosso levando curativos biológicos feitos a partir da pele de tilápia para o tratamento de animais feridos em queimadas no Mato Grosso. Os representantes do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ) também realizam treinamento na equipe que acolhe os bichos em Cuiabá.

São destinadas 130 amostras do material rico em colágeno, que acelera a recuperação da queimadura e diminui as dores por não precisar de trocas constantes.

“O curativo biológico tem uma rica quantidade de colágeno que vai ser ideal para o processo de cicatrização e não tem troca diária de aplicativo, o animal fica com o curativo por 10 a 12 dias. Isso impede a perda de líquidos do animal e a pele da tilápia protege contra infecções”, explica o biólogo e coordenador da equipe, Felipe Rocha.

Entre os animais que serão tratados com o material estão a anta brasileira, o tamanduá bandeira e o veado catingueiro, ameaçados de extinção e afetados pelo fogo que consome a região Pantanal. “Já temos uma noção de que existem 30 animais com possibilidade de aplicação dos curativos. A ideia é que a gente vá, aplique, e a equipe de lá vai fazer todo o manejo e aplicando em mais animais que possam vir a chegar”, destaca.

Segundo o Ibama, os incêndios já destruíram 3,461 milhões de hectares no bioma Pantanal, sendo 2,053 milhões de hectares em Mato Grosso e 1,408 milhão de hectares em Mato Grosso do Sul.