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Mais de 57 mil pessoas vivem em condições precárias de saneamento nas Unidades de Conservação do CE

25 de julho de 2025 às 09:05

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Uma a cada oito pessoas vivendo em Unidades de Conservação (UCs) do Ceará não tem acesso a nenhum dos serviços de saneamento — abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo — feitos de maneira adequada. São mais de 57,6 mil cearenses convivendo com essas três formas de precariedade, que residem em cerca de 18,1 mil domicílios, segundo dados do Censo Demográfico de 2022.

As unidades de conservação são espaços territoriais e seus recursos ambientais que seguem um regime especial de administração devido às suas características naturais relevantes. Por isso, eles são instituídos pelo Poder Público com o objetivo de preservar a natureza. 

Elas são divididas em dois grupos — proteção integral ou uso sustentável — e 12 categorias diferentes, conforme as características da área a ser protegida e os objetivos de conservação.

O perfil da população residente em Unidades de Conservação de todo o País foi detalhado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pela primeira vez, e divulgado no último dia 11 de julho.

Para obter o número de pessoas vivenciando situações precárias nos serviços de abastecimento, o Diário do Nordeste cruzou os dados de moradores de Unidades de Conservação que não utilizam, simultaneamente, os serviços adequados para o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e a coleta de lixo. 

No caso do lixo, isso significa que não há coleta direta ou indireta desses resíduos por serviços de limpeza. Ou seja, para fazer o descarte, os moradores precisam queimar ou enterrar o lixo na propriedade ou jogá-lo em terreno baldio, por exemplo.

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Existem moradores sem acesso ao abastecimento de água canalizada até o domicílio, seja proveniente da rede geral ou de poço, fonte, nascente ou mina. Nestes casos, a provisão é feita por meio de carro-pipa ou coletada da chuva ou de rios, lagos ou córregos.

Rios, lagos e córregos também são citados como tipo inadequado de esgotamento sanitário encontrado em unidades de conservação. Também é considerada precária a situação de domicílios com esgotamentos em fossas rudimentares, em buracos ou valas, além daqueles que não possuem banheiro ou sanitário.