TVJ1.com.br

Regionais



PUBLICIDADE

{}

Mais de 1,5 mil pessoas já falecidas receberam auxílio emergencial no Ceará, afirma TCU

02 de julho de 2020 às 08:52 - Atualizado em 02/07/2020 08:52

undefined

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou, em uma triagem nacional, 1.512 cearenses já falecidos entre os beneficiários do auxílio emergencial. O Estado tem o terceiro maior número de pessoas mortas na lista dos que receberam o benefício de R$ 600 do Governo Federal. O Tribunal cobra uma série de medidas do Ministério da Cidadania, responsável pelo auxílio.

O levantamento consta de auditoria preliminar feita pelos técnicos do TCU. Os resultados foram enviados aos ministros da Corte, que ontem (1º) julgaram relatório do ministro Bruno Dantas sobre as irregularidades. De acordo com a apuração do órgão, ao menos 620 mil pagamentos foram feitos indevidamente até abril, no valor total de R$ 427,3 milhões.

Foram identificadas mais de 17 mil pessoas já falecidas entre os beneficiários, somando uma despesa de R$ 11 milhões com pagamentos indevidos. Os casos do Ceará devem somar prejuízo de mais de 907 mil aos cofres públicos.

Os únicos estados a terem mais casos desta irregularidade apontada pelo TCU foram São Paulo, com 2.674, e Minas Gerais, com 1.761. Na sequência estão Bahia (1.358), Pernambuco (1.308) e Maranhão (1.299). Os seis estados concentraram 58% dos pagamentos a mortos no País, um montante equivalente a R$ 6,4 milhões.

Irregularidades

Além dos casos de óbitos, os auditores também identificaram o recebimento de R$ 97,7 milhões por 134,2 mil servidores - federais, estaduais e municipais. Estes funcionários seriam aqueles que possuem estabilidade de emprego e não sofreram cortes de jornada e salário na pandemia.

Aposentados pelo INSS também ganharam recursos do Governo - são 221,3 mil casos irregulares, somando recursos da ordem de R$ 141,6 milhões. Há ainda irregularidades envolvendo presos e trabalhadores com renda acima do teto definido pela medida que estabeleceu parâmetros para o socorro financeiro. Também foram identificados 235.572 empresários que não são Microempreendedores Individuais (MEIs) entre os que receberam o auxílio.