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Imagem sacra é encontrada em sítio de Solonópole

27 de abril de 2016 às 08:23

undefinedImagem de Jesus Cristo foi encontrada de cabeça para baixo em sítio de localidade da zona rural. Fato tem levantado questões entre grupos religiosos 

Solonópole. Há uma semana, um fato inusitado está mexendo com os moradores deste município na região do Sertão Central, distante 275 km de Fortaleza. Uma imagem de Jesus Cristo foi encontrada enterrada de cabeça para baixo, em um terreno localizado às margens do açude do município, na localidade de Bouqueirão, na zona rural. O caso tem dividido a opinião de religiosos da cidade.

A imagem tem cerca de 30 centímetros e foi encontrada na última terça-feira (19), em um sítio que há mais de 20 anos, pertence à família do comerciante José Gomes da Silva, 54. O objeto foi visto por um primo dele, enquanto preparavam o terreno para plantar capim. Segundo José, no momento em que cavava, o homem reparou que o local em que estavam, era composto por muitas rochas. “Daí a gente foi para outro ponto, pertinho do açude e, quando ele começou a cavar, viu o objeto”, conta o comerciante. A imagem mostrava Jesus Cristo sendo crucificado e estava intacta, embora ninguém soubesse dizer a quanto tempo ela estava enterrada no local. “Todo mundo aqui jura que não sabe como essa imagem foi parar debaixo da terra. Eu não acredito que tenha sido alguém daqui”.

Logo que se deram conta do que haviam encontrado, os dois tiveram um enorme susto. José e o primo também ficaram intrigados devido à forma como a imagem estava. “A gente encontrou ela a uns três palmos do chão e bem retinha! Não era deitada não! Parecia que alguém tinha colocado assim de propósito”. Católico praticante, ele conta que inicialmente se revoltou, por avaliar ser incoerente este tipo de atitude com objetos sacros. Mas depois, diz que foi tomado por uma forte emoção. “Eu fiquei muito emocionado porque não se brinca com essas coisas”, confessa.

Desde que a história se espalhou não se fala em outra coisa na cidade, e muita gente passou a procurar o homem para saber o que havia acontecido. José já foi convidado até para dar entrevistas em programas de rádio da região. A notícia também tem provocado uma discussão entre a classe religiosa da cidade: evangélicos e protestantes têm opiniões diferentes dos católicos devotantes.

Maria de Fátima Sousa, 59, esposa do autor do achado, também acredita que encontrar o objeto sacro enterrado no sítio da família, seja uma forma de milagre. “Eu interpreto isso como uma bênção”, versão compartilhada por José que, entre as hipóteses de coincidência ou milagre, também prefere apostar que o achado representa o anúncio divino de um novo tempo para o homem do campo. “Fiquei bastante esperançoso que esse foi o sinal de que um tempo bom está chegando para a gente, já que nós estamos precisando de chuva”. Uma antiga tradição, popular no sertão, afirma que enterrar imagens em épocas de chuva, seria uma forma de pedir a intercessão divina por um bom inverno.

Numa avaliação prévia, José Gomes acredita que, pelo traços, a escultura seja de origem antiga. A coloração dá pistas de que o material usado em sua fabricação seja o bronze.  A imagem foi entregue ao padre da cidade. Segundo José, o pároco irá procurar o auxílio de um restaurador e historiador para conseguir pistas que possam explicar a origem do objeto e por fim ao mistério.


Fonte: Diario do Nordeste
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