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Funceme afirma que janeiro chuvoso não garante 'boa estação chuvosa' em 2016

05 de fevereiro de 2016 às 10:08 - Atualizado em 05/02/2016 10:10

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A chefe do Núcleo de Meteorologia da Funceme, Meiry Sayuri Sakamoto, afirmou, na quarta-feira (3), durante a Reunião de Avaliação da Alocação das Águas dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú de 2015, que, apesar das chuvas de janeiros, não há garantias de "uma boa estação chuvosa, mesmo em ano de El Niño. É provável que as chuvas sejam abaixo da média mas isto também não significa que não tenham chuvas".

O coordenador Estadual do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Rogério Leite, afirma que o órgão passará a ser ativo no estado. Enfatizou que 83% das águas do Ceará estão nos açudes do Dnocs e que conta com o apoio da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e dos Comitês de Bacias Hidrográfica do Ceará (CBH's). Ainda afirmou que o órgão terá 168 milhões no orçamento para sua revitalização.

O presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, disse que o Governo está empenhado na obra da transposição do Rio São Francisco, visitas e reuniões estão sendo realizadas constantemente para que a água chegue ao Ceará, no segundo semestre. Frizou que o Governo também fará experiências de reúso da água e dessalinização. Ainda afirmou a importância dos Comitês de Bacias para discutir a gestão das águas e que o sucesso se dá devido ao trabalho conjunto.

Convivência com a seca

O coordenador de Gestão de Recursos Hídricos, Carlos Magno Feijó, explanou sobre o Plano de Convivência com a Seca. Em 2015, foram trabalhadas ações para minimizar os efeitos da situação hídrica. Estas foram divididas entre estruturantes – por exemplo, a construção do Trecho I de 150 km e açudes para complementar as condições de armazenamento; e emergenciais – como a perfuração de poços para abastecimento humano em distritos e sedes municipais; Sistema Simplificado (Chafarizes); dessalinizadores; adutoras tradicionais e Adutoras de Montagem Rápida (AMR).

Na definição de diretrizes para a operação dos açudes Banabuiú, Orós e Castanhão, no período chuvoso de 2016 ficou decidido que: o açude Banabuiú continua operando apenas com uma vazão ecológica de 0,105 m³/s. Já o açude Orós operará com uma vazão de 2,5 m³/s, dando prioridade aos abastecimentos humanos dos municípios de Jaguaribe e Jaguaretama. O açude Castanhão operará com uma vazão de 15,0 m³/s, sendo 9,5 m³/s pelo Eixão das Águas e 5,5 m³/s perenizando o rio Jaguaribe por aproximadamente 100 km até a passagem de Sucurujuba, no município de Quixeré.

Região Metropolitana

João Lúcio falou sobre a consumo da água na Região Metropolitana de Fortaleza ressaltando que a a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) implantou sobretaxa na tarifa da água e que algumas indústrias já estão trabalhando o reúso. Relatou que está havendo uma economia hídrica importante no Ceará. "A estratégia para gestão da água tem recebido uma atenção especial do Governo. Entretanto, se não houver uma educação ambiental quanto ao uso, dificilmente haverá equilíbrio entre oferta e demanda", disse o presidente. Por fim, reforçou a parceria da Cogerh com o Dnocs que tem papel estratégico na gestão.

A presidente do CBH Região Metropolitana de Fortaleza, Mailde Carlos do Rego, disse: "Devemos continuar a economia de água e propagar essa cultura nas escolas, em casa e entre as crianças. Também não podemos poluir e temos que ser conscientes quanto à acumulação da água, para evitar o mosquito Aedes aegypti".