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Fortalezense quer bares fechando mais cedo para reduzir violência, aponta pesquisa

73% dos entrevistados na pesquisa disseram acreditar que fechar bares mais cedo contribuiria com a redução da violência em Fortaleza. Levantamento ainda aponta que 24% dos fortalezenses disseram ter sido assaltados este ano

27 de setembro de 2016 às 07:49 - Atualizado em 27/09/2016 07:50

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Para 89% dos fortalezenses, o consumo de bebida alcoólica contribui para o aumento da violência na Capital. Maioria apontou ainda que, se estabelecimentos que vendem bebida alcoólica fechassem mais cedo, haveria redução nos índices de criminalidade. Os dados são da pesquisa O POVO/Datafolha, realizada nos dias 22 e 23 deste mês. 

Do total de entrevistados, 73% disseram considerar que a regulação do horário de venda de bebidas traria mais segurança para a Cidade. Há 53% que acham que a regulação contribuiria muito para reduzir a violência, enquanto 20% dizem acreditar que contribuiria um pouco. Já 26% da população disse que não enxergar a mesma relação entre criminalidade e horário de funcionamento dos comércios. Os que preferiram não opinar somam 1%.

Proposta do vereador José Maria Pontes causou polêmica em 2008 ao tratar o assunto. O projeto de lei, votado pela Câmara Municipal, limitava a comercialização de bebidas alcoólicas de segunda a quinta-feira até meia-noite. Aos sábados, domingos e vésperas de feriados, a permissão valia até uma hora da manhã. A proposta proibia venda de bebidas em espaços públicos, como calçadas, praças e no entorno de casas de show.

A limitação do horário na Capital é mais defendida na pesquisa O POVO/Datafolha principalmente por mulheres (76%). Os mais velhos, com idade superior a 60 anos, são os que mais apoiam a medida. Entre os mais céticos com a medida estão pessoas com rendimento acima de cinco salários mínimos e com ensino superior. 

Índices de violência

A pesquisa questionou também a relação entre criminalidade e venda de bebida alcoólica em bairros com índices elevados de violência. Do total de entrevistados, 76% acredita que fechar esses estabelecimentos em bairros com maiores índices de criminalidade iria contribuir com a redução da violência na Cidade — 58% acham que contribuiria muito e 18% que contribuiria um pouco. Para 23%, não há relação entre as ações; 1% não opinou.

O questionário foi aplicado a 864 eleitores, de 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número CE-02799/2016. (Igor Cavalcante)

O Povo