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Expectativa do PIB cearense em 2018 pode chegar a 4%

22 de março de 2018 às 08:48

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A agropecuária, os serviços e a indústria puxaram o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, no quarto trimestre do ano passado, com expansões de 29,06%, 2,36% e 2,08%, respectivamente, fazendo com que o desempenho total chegasse a 3,24% nessa mesma base de comparação. O desempenho da economia cearense superou a média nacional, que ficou em 2,1% no mesmo período. Já no acumulado do ano, o PIB do Estado ficou em 1,87%, conforme o governador Camilo Santana havia anunciado na última terça-feira, enquanto o resultado nacional fechou em 1%, ou quase a metade. E a previsão para este ano, segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), é de uma expansão de 3,5%, podendo chegar a até 4%, enquanto a brasileira é de 2,8%.

Apesar desses bons números, as taxas de crescimento do valor adicionado por setores, frente ao terceiro trimestre de 2017, o desempenho da economia do Ceará registrou números um pouco mais modestos, mas isso devido à base de comparação ser mais elevada. De acordo com o estudo realizado pelo Ipece, ao ser feita esta análise, o desempenho da agropecuária ficou em 7,81%, o da indústria chegou a parcos 0,48%, enquanto os serviços caíram 0,49%. Tudo isso resultou num PIB de 0,05% para o Ceará e de 0,1% para o Brasil.

Sobre o bom desempenho da agropecuária no ano passado, foi em decorrência de 2016 ter sido muito ruim, com a pior safra de grãos dos últimos 22 anos no Estado. Apesar disso, o setor ainda está muito aquém da capacidade do Ceará. A produção de castanha de caju foi muito positiva para o crescimento do setor, assim como leite e ovos. Já no caso da indústria, foi destacado pela equipe do Ipece que a construção civil registrou, nos últimos três meses de 2017, o de primeiro número positivo, após oito trimestres consecutivos de queda. E o setor de metalurgia cresceu 41,8%, puxados principalmente pela produção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Já o setor de serviços foi influenciado pela melhoria da expectativa das pessoas. As vendas do varejo ampliado cresceram ao longo de todo o ano passado. Lembrando que o comércio representa 15% do PIB cearense e um quinto do setor de serviços.

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Segundo o diretor do Ipece, Flávio Ataliba, os crescimentos comparativos do quarto trimestre do ano passado, frente a igual período de 2016, bem como o acumulado de 2017, foram significativamente superiores à média nacional. “O Ceará entrou em um nível negativo de desempenho trimestral do PIB quase um ano depois do Brasil. E vem se recuperando mais rapidamente, a partir do segundo trimestre de 2017. O grande desafio para o Governo é antecipar os investimentos públicos antes que os ciclos econômicos negativos ocorram. Dessa forma, é possível manter a economia com um desempenho satisfatório”, explicou.

Ele afirmou, ainda, que a boa situação fiscal pela qual o Ceará está passando nos últimos anos, permitindo um volume considerável de investimentos em infraestrutura, que atraem recursos internacionais, também permitirá um desempenho bastante positivo este ano. “Nossa expectativa de crescimento de 3,5%, ou até 4%, enquanto o Brasil previsto 2,8%. Isso é fruto de toda a organização fiscal do Estado e da sua gestão dos investimentos. Especialmente num momento desses, de retomada da economia, é importante que o Ceará esteja organizado e ele é um dos estados brasileiros mais organizado nessa questão. E isso é o sucesso que temos visto. Tanto que temos atraído grandes investimentos internacionais, parcerias público-privadas (PPPs), privatização do aeroporto, hub aéreo, Porto do Pecém, tudo isso dá um reforço muito grande à dinâmica da nossa economia”, destacou Flávio Ataliba.