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Estudantes de Beberibe protestam contra o corte de ônibus gratuito até universidades

Sem o transporte, os universitários estão perdendo aulas. Alguns gastam cerca de R$ 26,00 por dia para não perderem provas

18 de outubro de 2016 às 08:39 - Atualizado em 18/10/2016 07:39

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Universitários do município de Beberibe, distante 85 km de Fortaleza, protestaram contra o corte e redução de ônibus gratuito até a universidade. De acordo com os estudantes, o serviço que facilita a locomoção de cerca de 264 alunos foi cortado no último dia 3 e retornado no dia 5, no entanto com frota reduzida após protestos - situação que perdura até a tarde desta segunda-feira, 17.

Na última sexta-feira, 14, os estudantes protestaram em frente à prefeitura. “Desde a semana pós-eleição, os ônibus que eram gratuitos foram cortados, prejudicando quase 300 universitários que saem de Beberibe para Aracati, Cascavel e Fortaleza. Nós estamos faltando provas, aulas e entrega de trabalhos por falta de condições financeiras. Depois da manifestação, eles mandaram ônibus 'gatos pingados' ", explica o estudante de biomedicina Júnior Lima, de 28 anos, que mora em Beberibe e estuda na Capital.

O universitário explica que a Secretaria de Educação de Beberibe divulgou uma nota à uma emissora de TV informando que conversaria com os estudantes no próximo dia 24. Segundo ele e a líder da comissão dos estudantes, Gilselda Rabelo, acadêmica de enfermagem, não chegou até eles nenhuma informação oficial de que haveria uma reunião com o órgão.  

“A situação está caótica, fiz um ofício representando o movimento e a chefe do gabinete Maria não quis assinar, pois disse que não estaria mais ali depois daquele dia após as eleições”, disse a estudante de enfermagem. 

A estudante explica que com as manifestações houve mudanças na frota de Beberibe, ainda que reduzida, mas que os estudantes do sertão estão sendo os mais prejudicados.

Moradora da Serra do Félix, microrregião de Cáscavel, a acadêmica de Educação Física, Gilvaneide Oliveira, explicou ao O POVO Online que está tendo dificuldades para ir à faculdade. “Estamos totalmente sem ônibus desde a primeira semana depois das eleições, está bem difícil porque a gente não têm condições de pagar, por isso não estou indo todos os dias”, conta.

O universitário Erivaldo Maia, também morador da Serra do Félix, relata pagar um ônibus para ir à faculdade porque não quer perder o semestre e, que com ele, vai cerca de 50 universitários que também foram prejudicados com o corte do transporte.

Protestos

De acordo com os estudantes, os protestos começaram no último dia 6. Na última quinta-feira, 13, cerca de 50 estudantes foram até a Câmara Municipal para uma sessão que foi interrompida, gerando mais protestos. A última manifestação aconteceu nesta sexta-feira, 14.

O Povo Online