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Chikungunya já matou cinco no Ceará; outros 40 óbitos estão sob investigação

12 de maio de 2017 às 14:05

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A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará atua no enfrentamento às arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, em todo o estado por meio de visitas técnicas de apoio aos municípios (33 operações realizadas), fornec imento de material de apoio aos agentes de controles de endemias municipais, distribuição de dez mil rolos de telas para depósitos de água e aplicação do fumacê, nome popular para a pulverização espacial UBV.

A Sesa também monitora os municípios com maiores índices de infestação pelo mosquito e de incidência de casos de arboviroses no Ceará. O monitoramento de casos até a semana epidemiológica 19, que abrange o período de 1º de janeiro a 13 de maio de 2017, mostra que foram notificados 41.723 casos de chikungunya no Estado. Houve confirmação de 13.312, dos quais cinco levaram a óbito nos municípios de Beberibe (1), Caucaia (1), Fortaleza (2) e Pacajus (1). Outros 40 óbitos estão sob investigação.

Segundo o mesmo boletim, foram notificados 32.682 casos de dengue no Ceará, dos quais foram confirmados 7.170 em 110 dos 184 municípios cearenses. Destes casos, seis foram de dengue grave, dentre os quais três foram a óbito, nos municípios de Fortaleza, Maracanaú e Tabuleiro do Norte. Ainda estão sob investigação 35 óbitos por dengue. Os casos suspeitos de zika notificados, até 13 de maio, foram 1.249, dos quais 125 foram confirmados.

Com a circulação endêmica de três arbovírus, dengue, chikungunya e zika, novos cenários epidemiológicos são identificados no Ceará em 2017. No cenário epidêmico, a Sesa diminuiu a periodicidade do boletim de arboviroses de mensal para semanal, alertando para que o processo de vigilância (notificação, investigação e análise do perfil epidemiológico e principais áreas acometidas), o manejo clínico adequado do paciente e ações de controle vetorial sejam intensificadas pelos gestores e profissionais de saúde.

Entre as ações que cabem aos municípios, de acordo com o Plano Estadual de Vigilância e Controle das Arboviroses 2017/2018, está a inclusão de casos suspeitos de arboviroses no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). O cenário de cada município é avaliado e, a depender do caso, pode contar com medidas como visita técnica da equipe da Sesa e monitoramento do plano de ação para o combate ao mosquito. A Secretaria enviou cartas de alerta aos municípios sob risco de epidemia e cobrou a elaboração de plano emergencial de enfrentamento às arboviroses.

Combate ao vetor

A eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana. Assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido. A campanha Todos Contra o Mosquito, do Governo do Ceará, desenvolve ações permanentes com esse objetivo. O Estado também conta com o Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue, Zika e Chikungunya, criado em 2015, pelo governador Camilo Santana.

A maioria dos focos do Aedes aegypti são encontrados dentro de casa. É preciso manter os quintais sempre limpos, recolher, eliminar ou guardar longe da chuva todo objeto que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de ovos. O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados.

A passagem do fumacê, nome popular para a Pulverização espacial UBV, não diminui a necessidade da eliminação dos potenciais focos do mosquito. O procedimento que consiste na liberação via aérea de gases, que agem, por contato, atinge os mosquitos adultos em voo. A ação do produto só é efetiva quando o inseticida está em suspensão no ar e só mata o mosquito adulto. O inseticida não mata as larvas do mosquito, que estão em caixas d’água, potes, baldes, pneus, lajes. A recomendação aos moradores é que abram portas e janelas das casas na passagem do fumacê para que o inseticida atinja o mosquito dentro das residências.