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Castanhão segue perdendo água mesmo com chuvas acima da média

17 de fevereiro de 2018 às 08:45

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O Castanhão e o Orós, dois maiores açudes do Ceará, seguem perdendo volume de água dia após dia, mesmo com chuvas acima da média registradas em fevereiro. Nos 15 primeiros dias de fevereiro, por exemplo, choveu o esperado para o mês inteiro: 118 milímetros, segundo dados preliminares da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Ainda assim, o Castanhão segue com 2,12% de sua capacidade, conforme a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), e o Orós, com 5,71%. A meteorologista da Funceme Meiry Sakamoto explica que as chuvas que ocorrem na região ainda não são suficientes para abastecer o maior açude do estado; isso deve ocorrer com o aumento do volume de água nas bacias que recarregam o reservatório.

"A chuva que cai na região é uma outra coisa, a chuva que enche os reservatórios é outra", resume Meiry.

Ela explica que o Castanhão deve receber aumento de seu volume quando os reservatórios do Centro-Sul do Ceará estiverem cheios e transferirem água.

"As bacias de contribuição dos principais reservatórios do estado, que são o Orós e o Castanhão, ficam justamente no Centro-Sul do estado, daí chuvas boas no Cariri, no Centro-Sul, podem sim converter em água pros reservatórios."

Enquanto a água das bacias hidrográficas não chega ao Castanhão, o reservatório segue perdendo o seu volume devido ao consumo e evaporação natural.

Nesta sexta-feira (16), o Rio Salgado, um dos que direciona água para o Castanhão, recebeu a primeira cheia do ano.

Outro fator que influencia na demora da recarga de água dos maiores açudes é a falta de umidade. Conforme a Cogerh, as primeiras chuvas ocorridas na região dos reservatórios é absorvida pelo solo; somente após a terra encharcar é que água contribui para o volume de água.