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Em três anos, caiu 30% a quantidade de acidentes com vítimas fatais nas rodovias cearenses (CEs), saindo de 489 mortos em 2014 para 347 em 2017. Além disso, o número de feridos também baixou de 2.121 para 1.707, numa queda percentual de 19%. Dentre as razões para essa redução, o governador Camilo Santana (PT) destacou, ontem, no Palácio da Abolição, o Ceará de Ponta a Ponta, programa estadual que mira a requalificação da malha rodoviária.

No evento, que aglomerou dezenas de assessores parlamentares e autoridades políticas e de gestão do Estado, foi dito que, até o fim deste ano, devem ser pavimentados, restaurados e duplicados 690,6 km (41 trechos) de estrada, investimento que ultrapassa R$ 561 milhões. “São estradas reivindicadas há muito tempo”, definiu Camilo.Já os trechos de restauro foram priorizados, segundo o governador, conforme a necessidade de recuperação periódica da malha rodoviária, que, segundo Igor Pontes, superintendente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), deve ser feita a cada quatro anos, pelo menos. “Se não fizer essa recuperação, vai se degradar rapidamente”, explica.Contudo, apesar de reconhecer que buracos são responsáveis por provocar muitos dos acidentes nas rodovias, Igor afirmou que as principais causas para as ocorrências são, na verdade, vias estreitas com mão dupla e direção sob efeito de álcool. O primeiro problema, segundo ele, pode ser atenuado só com as intervenções do Ceará de Ponta a Ponta, à medida em que se retira a possibilidade de colisão frontal. “A CE-040, no primeiro ano (de duplicação de um trecho), reduziu em 60% o número de mortes”.

Lúcio Gomes, secretário estadual da Infraestrutura (Seinf), informou que, desde o início do programa, foram entregues 1,6 mil quilômetros de estradas novas ou requalificadas. “É um benefício importante porque é estruturante. Bom pro turismo, pro comércio, pra indústria. Sem estrada, não tem desenvolvimento”, pontuou.