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Agropecuaristas querem usinas de dessalinização em Aracati e Icapuí

13 de outubro de 2020 às 10:02

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Para os empresários da agropecuária cearense, serão as usinas de dessalinização – a serem instaladas ao longo do litoral do Estado, principalmente no Leste de sua geografia – que, no futuro próximo, garantirão a oferta hídrica para os projetos da agricultura irrigada que produzem e exportam alimentos para o consumo humano e animal. 

Por isto mesmo,eles seguem com muito interesse a fase final do processo licitatório administrado pela Cagece, que, nos próximos dias, anunciará o vencedor do certame aberto para a construção da primeira dessas usinas na Praia do Futuro, em Fortaleza, cuja produção – de 1 m³ por segundo  de água doce – será injetada, devidamente tratada, na rede distribuidora da capital cearense. 

O Grupo Marquise – assessorado pela SM Consultoria – ofereceu à Cagece o melhor preço para a água a ser produzida pela usina, mas sua proposta ainda está em análise pela estatal. 

O volume de 1 m³/s é pequeno para o atual consumo da Grande Fortaleza, que gira em torno de 10 m³/s. Mas o empreendimento balizará os projetos das futuras dessalinizadoras, que são necessárias ao longo do litoral de Aracati e Icapuí, onde se encontram grandes áreas propícias à fruticultura irrigada. 

Os agropecuaristas interessados no desenlace do processo licitatório da Cagece querem conhecer, principalmente, os detalhes financeiros da proposta da Marquise, pois eles guiarão os próximos projetos. 

Um empresário que tem projeto de agricultura irrigada na Chapada do Apodi disse à coluna que poderá investir na construção de uma usina dessalinizadora, se o retorno do investimento compensar. 

Na sua opinião, todo Leste do Ceará – incluindo os municípios de Aracati, Icapuí, Quixeré, Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte – compõe o que se pode chamar de "Califórnia cearense", cujo futuro dependerá da oferta de água. 

Para assegurar, permanentemente, essa oferta aos empreendimentos do agronegócio naquela região, a saída será a dessalinização da água do mar, que poderá ser transportada para diferentes áreas por adutoras tubulares enterradas. 

“Vamos aguardar mais alguns dias para conhecer os detalhes técnicos e financeiros da proposta da Marquise. A tecnologia da osmose reversa está à disposição e já é utilizada largamente em várias partes do mundo, inclusive nos EUA”, disse a mesma fonte.