TVJ1.com.br

Regionais



PUBLICIDADE

{}

Adutora no interior do Ceará registra mais de um vazamento por dia

10 de março de 2017 às 17:00

undefined

 

Os constantes vazamentos na adutora do açude de General Sampaio, que abastece Paramoti, Caridade e Canindé, preocupam a região do município localizado no interior do Ceará, principalmente devido aos problemas da seca. O manancial da região do Vale do Curu possui atualmente apenas 3,9% da sua capacidade total. Em inspeção de junho a novembro do ano passado, realizada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Canindé, responsável pela manutenção do equipamento de 54 km de extensão, foram encontrados 181 vazamentos no período de 150 dias.

Um leitor, que preferiu não ser identificado, denunciou a situação na região ao O POVO Online. Ele fotografou um vazamento na quarta-feira, 8, e afirmou se tratar de um problema recorrente. "Esses vazamentos já ocorrem há muito tempo. Eles vêm, colocam um reparo. A pressão da água força novamente os canos. Eu fico com um sentimento de descaso. Não há preocupação com a população. Se o açude secar, de onde vamos tirar água?", questiona o morador do município de General Sampaio.

O POVO Online entrou em contato com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), que informou que a Saae de Canindé é a responsável pela obra. A Secretaria de Recursos Hídricos explicou que é apenas responsável pela implantação das adutoras, que são mantidas pelos Serviços de Água e Esgoto.

Procurada pelo O POVO Online, a Saae informou que o vazamento denunciado pelo leitor já foi reparado após revisões na adutora nos últimos dois dias. O engenheiro responsável técnico pelo Saae de Canindé, Elias Teixeira, admitiu os constantes vazamentos e disse que uma força-tarefa é realizada entre o órgão, a Cogerh e a Cagece para elaboração de um diagnóstico técnico. Segundo o profissional, ainda não é possível divulgar as causas dos vazamentos.

Elias coordenou monitoramento da adutora de junho a novembro passado. Além de constatar 181 vazamentos em 150 dias, a inspeção mapeou 11 pontos críticos que são tratados pela equipe. Ao fim da atual força-tarefa, os dados serão divulgados. "O diagnóstico técnico vai mostrar o que está causando os vazamentos para encontrarmos uma solução", comentou o engenheiro.