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Tianguá terá nova eleição para prefeito. TSE nega registro de candidato a prefeito mais votado

Candidato foi condenado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder. Tianguá terá novas eleições para prefeito, após o indeferimento.

20 de dezembro de 2016 às 08:46

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O candidato a prefeito mais votado nas eleições deste ano na cidade de Tianguá, no Ceará, não poderá assumir o cargo. Luiz Menezes de Lima teve seu registro negado pelo Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira (19). Ele foi condenado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder nas eleições de 2008. Com a decisão, a cidade deve ter novas eleições.

Conforme a Lei da Ficha Limpa, o candidato ficou inelegível por oito anos e, deste modo, não poderia ser candidato em 2016. A tese vencedora foi da divergência aberta pelo ministro Luiz Fux, que foi acompanhado pela ministra Rosa Weber e pelos ministros Henrique Neves e Herman Benjamin.
 
Na sessão desta segunda, o ministro Henrique Neves fez referência ao voto do ministro Fux e acrescentou que a inelegibilidade deve ser aplicada tanto para quem concorreu às eleições quanto para quem, mesmo sem ser candidato, participou do abuso. Segundo o ministro, isso evita que o ocupante do cargo de prefeito que não concorre a novo mandato possa abusar do poder em benefício dos candidatos de sua preferência.
 
Deste modo, os candidatos seriam considerados inelegíveis e quem cometeu o ato não responderia por ele. A decisão do Plenário responsabiliza também o autor das irregularidades, como foi o caso de Luiz Menezes.
 
O ministrou Henrique Neves acrescentou que quem é inelegível não poderia requerer o registro de candidatura, pois desde o dia da condenação já se sabe até quando vai a punição.
 
Nova eleição
 
Devido ao indeferimento da candidatura, os moradores de Tianguá deverão retornar às urnas para uma nova eleição. De acordo com o Código Eleitoral, se os votos nulos ultrapassarem os 50% do número total de votos, a Justiça Eleitoral tem de 20 a 40 dias para marcar a data de um novo pleito, a chamada eleição suplementar.
 
Os municípios de Barro, Potengi e Saboeiro ainda estão com as eleições indefinidas. Os recursos estão sendo julgados pelo TSE. Os candidatos a prefeito tiveram a candidatura contestada com base na Lei da Ficha Limpa, por rejeição de contas de gestão pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.

 

O TSE ainda não tem prazo para julgar os recursos.