TVJ1.com.br

Política



PUBLICIDADE

{}

Temer alerta: é difícil Dilma resistir com prestígio tão baixo

04 de setembro de 2015 às 10:45

O vice-presidente da República, Michel Temer, disse, nessa quinta-feira (04/09), em mais uma rodada de conversas com empresários de São Paulo, que será difícil Dilma Rousseff chegar até o fim do mandato se permanecer com índices tão baixos de popularidade. Ao ser questionado sobre as hipóteses para o fim precoce do governo – renúncia, impeachment, cassação via Justiça Eleitoral– e sobre a manutenção do governo mesmo sob forte crise, Michel Temer disse que Dilma não “é de renunciar”. “Ela é guerreira, não me parece que ela seja, digamos, renunciante”, observou.

A impopularidade, na avaliação de especialistas da área política, não é motivo para impeachment, mas deixa o Governo Federal fragilizado na relação com o Congresso Nacional. Diante da perda de apoio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer apelo a presidente Dilma Rousseff para se reaproximar do PMDB.

O diagnóstico exposto pelo vice-presidente da República é que, diante da baixa aceitação popular, Dilma terá dificuldades para se manter até o final do mandato. “Hoje, realmente, o índice [de aprovação do governo] é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. (…) Se continuar assim, eu vou dizer a você, 7%, 8% de popularidade, de fato, fica difícil”, concluiu.

Segundo Michel Temer, a melhora do cenário econômico e do ambiente político podem ajudar o governo a recuperar a confiança da população. “Agora, não é torcer. É trabalhar.” Temer afirmou, ainda, que espera “que o governo vá até 2018”. Sobre a hipótese de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidir cassar a chapa com base nas denúncias da oposição de abuso de poder econômico e político na campanha, disse que não discutiria “porque as instituições têm que funcionar”. “Se a chapa for cassada eu vou para casa feliz. Ela vai para casa… Não sei se feliz”, concluiu.

Ao fim, a pergunta de um dos empresários presentes ao evento fez Temer se exaltar. Fora dos microfones, Fábio Suplicy questionou como o vice gostaria de entrar para a história: “Estadista ou oportunista?”, indagou.

Com semblante de irritação, Michel Temer disse que muita gente fala sobre o assunto, mas ele “não move uma palha” para prejudicar a petista. Em seguida, afirmou que, se conspirasse, “aí sim” estaria manchando a sua história. Os dirigentes nacionais do PMDB voltam a se reunir para discutir a relação com o Governo Federal.