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Sem convicção sobre aliança Camilo-Eunício, Tasso recomenda cautela a oposição

27 de janeiro de 2018 às 09:41

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O senador Tasso Jereissati recomendou, nesta sexta-feira, durante duas reuniões com dirigentes regionais do PSDB e, em seguida, com lideranças do PROS, PR, PSD e Solidariedade, prudência e cautela com os rumos a serem adotados na corrida pelo Governo do Estado e pelas duas vagas ao Senado Federal. Uma das manifestações de Tasso, que recebeu endossou de outras lideranças da oposição, é que, a seis meses das convenções para homologação de candidaturas e coligações, não há certeza quanto a uma possível aliança entre o PT, PDT e MDB.

Após mais de 40 dias ausentes da política local e nacional, Tasso Jereissati se reuniu, no meio da tarde, em seu escritório, no Shopping Iguatemi, em Fortaleza, com o presidente da Executiva Regional do PSDB, Francini Guedes. O encontro teve a participação do ex-senador Luiz Pontes, do deputado federal Raimundo Gomes de Matos e do deputado estadual Carlos Matos. O sentimento extraído entre os tucanos é de preocupação, mas, ao mesmo tempo, de esperança.

A preocupação surge porque, sem um candidato forte ao Governo do Estado, o PSDB e a oposição perdem consistência para eleger deputados estaduais e federais. Esperança porque, entre os próprios tucanos, há incerteza se a parceria administrativa entre o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), e o Governador Camilo Santana (PT) irá se transformar em aliança política na disputa ao Governo do Estado e ao Senado.

Diante da incerteza, o senador Tasso Jereissati expôs a necessidade de prudência e as conversas devem, em seu entender, serem realizadas sem pressa. Após o encontro com os correligionários do PSDB, Tasso recebeu os as lideranças da oposição – Genecias Noronha (SD), Domingos Filho (PSD), Domingos Neto (PSD), Roberto Pessoa (PR) e Capitão Wagner (PROS). Wagner que, na última quinta-feira, trocou o PR pelo PROS disse que se manterá na trincheira da oposição ao Governo do Estado e à administração do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT).

O ex-vice-governador e conselheiro em disponibilidade do extinto TCM, Domingos Filho era um dos mais entusiasmados na defesa de um palanque forte ao Governo do Estado. Domingos apresenta números, recorre a estatísticas e manifesta certa convicção de que a oposição tem, sim, força para impor uma derrota aos irmãos Cid e Ciro Gomes e ao Governador Camilo Santana. Domingos se dispõe a concorrer ao Palácio da Abolição, mas, entre os oposicionistas, o tom da caminhada deve ser marcado pela prudência, cautela e sem açodamento.

Os oposicionistas esperam, também, novos desdobramentos e os números das pesquisas eleitorais sobre a disputa pela Presidência da República após o Tribunal Regional Federal, da 4ª Região, em Fortaleza, condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a condenação por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, Lula foi  enquadrado na Lei da Ficha Lima e se torna inelegível. Mesmo, assim, as lideranças nacionais do PT o lançaram pré-candidato ao Palácio do Planalto e pregaram a desobediência à determinação da Justiça Federal. A condenação, assim como o lançamento da pré-candidatura de Lula, tem impacto no quadro nacional e no cenário local da sucessão estadual.