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Se Lula é o Messi, prefiro ser o Neymar, diz Doria em Fortaleza

19 de agosto de 2017 às 10:02

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“O Lula me atacou e disse que é o Messi. Pois então Lula, eu te digo que eu prefiro ser o Neymar, que é brasileiro e negro, Lula. Essa é a minha escolha”, disse Doria no início da tarde desta sexta, em evento que participou em Fortaleza com a presença de líderes empresariais do Ceará.

Pouco antes, Doria já havia chamado Lula de “sem-vergonha, mentiroso, preguiçoso e covarde” por críticas que diz ter recebido do ex-presidente, entre eles o fato de estar viajando muito. Somente em agosto Doria já esteve em três capitais do Nordeste, Salvador, Natal e Fortaleza, e ainda nesta sexta visita uma quarta, Recife.

“Aviso ao Lula que ele pode se candidatar porque vai perder de quem estiver como candidato. Ele já disse que sou um nada, pois o nada derrotou o PT em São Paulo”, afirmou Doria, quase aos gritos à plateia de empresários que assistia e aplaudia -em pelos menos dois momentos foi chamado de presidente por integrantes da plateia.

Doria rejeitou que suas viagens tenham caráter de pré-candidatura à presidência em 2018. “Se me provarem que um CEO não consegue gerir sua empresa viajando, eu paro de viajar na hora. Confiando na sua equipe, delegando, você gere com eficiência”, disse aos empresários.

Mais tarde, em conversa com os jornalistas, Doria reafirmou que não se apresenta como postulante ao posto de candidato do PSDB à presidência no ano que vem.
Ele disse isso ao lado do presidente interino do partido, o senador cearense Tasso Jereissati, que mais cedo havia colocado o prefeito de São Paulo como um dos bons nomes do partido para a disputa presidencial.

“Eu não sou candidato, e não cabe a mim apontar bons nomes porque não sou da executiva do PSDB. Sou o prefeito de São Paulo”, disse Doria, que tem como padrinho político o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que também pretende ser o candidato do PSDB na eleição presidencial do ano que vem.

O prefeito de São Paulo afirmou que não assistiu ao programa partidário do PSDB exibido na noite de quinta (17), que gerou polêmica porque falava que o partido havia errado e criticava o governo de Michel Temer, mesmo fazendo parte dele, com quatro ministérios.

“Eu estava ao vivo em um programa no meu gabinete, por isso não assisti. Mas nosso partido é democrático, pode assumir os seus erros, mas também falar dos diversos benefícios que trouxe ao Brasil”, afirmou Doria.

Fonte: Folhapress