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Religião e diversidade sexual dividem deputados em sessão tensa na Assembleia Legislativa

20 de setembro de 2019 às 08:02

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A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou, na manhã desta quinta-feira (19), três projeto de lei do Executivo e 25 de parlamentares. Entre os projetos, dois "esquentaram" os debates: o que concede o título de cidadania cearense à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e o que inclui no calendário oficial a Parada pela Diversidade Sexual no calendário de eventos oficiais do Estado. As propostas colocaram em lados opostos, parlamentares da bancada governista que se dividiram pela ideologia. 

O título de cidadã cearense à ministra, de autoria da deputada estadual Dra. Silvana (PP), foi aprovado por 22 votos favoráveis e 5 contrários, e recebeu uma abstenção. Cerca de 20 pastores e o deputado federal Dr. Jaziel Pereira (PL), marido de Dra. Silvana, acompanharam a sessão. O projeto foi criticado pela ala de esquerda da base do governo Camilo. 

Após a aprovação da matéria no plenário, considerada "suada" por alguns parlamentares, Dra. Silvana correu para os braços do marido e dos pastores para comemorar.

Outo projeto que causou amplo debate entre os dois grupos, foi o projeto de lei que institui a Parada pela Diversidade Sexual no calendário de eventos do Estado, proposto pelo deputado Elmano de Freitas (PT). A proposta foi admitida com 18 votos a favor, 12 contrários e uma abstenção. No meio da votação, inclusive, Elmano chegou a bater boca com o seu colega de Casa Apóstolo Luiz Henrique (PP), que criticou o projeto.

"Imundície é o que o senhor defende nessa Assembleia, é o preconceito contra gay. Respeite a população LGBT. O Deus é seu, mas é meu. É um milhão de pessoas amando na Beira-Mar", rebateu o petista. Ao final do debate, com os ânimos menos inflamados, Apóstolo Luiz disse que defendia a Bíblia e tratava o colega com carinho. Elmano recusou o carinho do colega e encerrou o assunto.