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PF apreende R$ 6 milhões em espécie em empresa do deputado Adail Carneiro

Mandados vieram do STF. Dinheiro estava em locadora de veículos. Cinco procuradores federais acompanharam a operação

10 de setembro de 2016 às 08:09

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Cerca de R$ 6 milhões foram apreendidos nesta sexta-feira, dia 9, após busca e apreensão realizada em três endereços ligados ao deputado federal Adail Carneiro (PP). A quantia estaria toda dividida em pacotes com cédulas de 100 reais e foi encontrado num cofre da empresa Locadora de Autos Ceará (Lauce), na avenida desembargador Moreira, na Aldeota. O jornal O POVO apurou que a origem do dinheiro estaria ligada a contratos da locadora do deputado com prefeituras do Ceará.

A operação Km Livre, em referência ao ramo da empresa do deputado, foi executada pela Polícia Federal e acompanhada por cinco procuradores da República. Os mandados de busca e apreensão foram emitidos em Brasília pelo Supremo Tribunal Federal (STF), assinados pela ministra Rosa Weber.

Outro local visitado pelos agentes federais foi um escritório de contabilidade no bairro Papicu. O terceiro endereço só foi vistoriado no período da tarde – O POVO não conseguiu confirmar onde seria. Também foram apreendidos computadores e documentos. Outros dois endereços, no Centro e na Sapiranga, seriam vistoriados, mas a operação acabou abortada nesses locais.

Advogados do deputado afirmam que a locadora seria uma empresa pertencente à sua família e que Adail não estaria mais à frente dos negócios. A advogada Leliana Rolim declarou ao jornal O Estado de S.Paulo que a empresa tomará medidas cabíveis para obter a devolução do dinheiro, que segundo ela seriam recursos do caixa da empresa contabilmente comprovados.

Adail Carneiro foi o parlamentar que mudou seu voto a favor do impeachment, na sessão da Câmara Federal de 17 de abril que confirmou o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Um dia antes daquela sessão, ele se mantinha aliado do governador Camilo Santana e havia indicado que votaria contra a abertura do processo de impedimento presidencial.

Até esta tarde, o deputado Adail Carneiro ainda não havia sido ouvido pelos delegados federais que participaram da operação. Os mandados foram assinados pelo STF porque o parlamentar tem foro privilegiado.

O Povo Online