Mourão: Governo deve anunciar responsável pelo vazamento de óleo nesta semana
31 de outubro de 2019 às 10:06
O governo só está esperando o retorno do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para anunciar o nome do navio responsável pelo vazamento de óleo que, desde setembro, vem chegando às praias do Nordeste brasileiro. Segundo o presidente em exercício, Hamilton Mourão, a ideia é cobrar, desse responsável, o ressarcimento dos gastos com o trabalho de limpeza das praias, danos ao meio ambiente e à economia local.
“Tem que cobrar, tem que multar. Existe uma legislação do mar, existe um sistema de alerta, que é o tal do Marpol, em relação à meio ambiente e qualquer navio que ocorra um acidente dessa natureza, ele tem que avisar. A legislação vai bater em cima dele”, disse.
Segundo Mourão, o governo está muito perto de descobrir o responsável. Já sabe, por exemplo, que não deve se tratar de um navio ilegal e afirma que o governo conta com o ressarcimento porque os seguros marítimos são caros. Ele também disse que, ao que tudo indica, não houve acidente, e sim uma atitude deliberada.
O presidente em exercício explica que o que pode ter acontecido foi uma ejeção de porão mas, para confirmar, será preciso visitar o navio. Ele informou que, até o momento, já foram recolhidas pouco mais de 2,5 toneladas de óleo – e que um cargueiro leva, em média, 250 toneladas do produto. “Ele tira um pouco do óleo… Por exemplo, ele está com um problema de flutuação, de balanço, aí ele tira um pouco do óleo para aumentar a estabilidade”, explica.
O comandante da Marinha, Ilques Barbosa Júnior, afirmou que o governo ainda investiga uma suposta nova mancha de óleo que chegaria a 200 km² e que estaria se aproximando da Bahia. Segundo ele, no entanto, não houve nenhuma confirmação até o momento.
O trabalho consiste, além de monitoramento por navio, monitoramento também aéreo, para tentar identificar possíveis novas manchas antes que elas cheguem às praias. Barbosa voltou a dizer que a informação é que o óleo é Venezuelano, mas que não é possível responsabilizar o país vizinho pelo problema. “Seria uma relação perigosa, antiética, envolver o governo da Venezuela nesse tipo de atividade. Não é correto fazer isso”, disse.
Ele explicou que a Marinha monitora, autalmente, dez navios de 11 bandeiras diferentes – um deles com bandeira de dois países. Há cerca de uma semana, esse monitoramento atingia 30 navios. Ele explicou que não se pode descartar nenhuma possibilidade nesse momento.
Com informações da Jovem Pan