Lista da Odebrecht aponta que Cid Gomes recebeu R$ 200 mil
Confira a planilha da Odebretch que foi publicada nesta quarta-feira (22) em primeira mão pelo UOL
24 de março de 2016 às 09:37
A Polícia Federal apreendeu uma lista com nomes de 200 políticos que teriam recebido repasses da Odebrecht. O documentou vazou nesta quarta-feira (23). Dentre os nomes citados, aparece o nome Cid do estado do Ceará, com o codinome de “Falso” na lista.
Na lista, só há nome de políticos, o que indica que o participante do Ceará seja o ex-governador do estado Cid Ferreira Gomes (PDT). Outros nomes como Aécio Neves (PSDB), José Serra (PSDB), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), o ex-presidente José Sarney (PMDB) e Humberto Costa (PT) são citados na lista.
Na lista publicada pelo UOL, no blog do jornalista Fernando Rodrigues, Cid é citado na página 14. O documento indica que ele recebeu o valor de R$ 200 milno dia 19 de setembro, mas não indica o ano.
Os documentos estavam com o presidente da empreiteira, Benedicto Barbosa Silva Júnior, conhecido como “BJ”. A planilha foi apreendida na 23ª fase da Operação Lava Jato, nomeada de “Acarajé”.
Após a divulgação dos nomes, o juiz Sérgio Moro determinou que a lista fosse colocada em sigilo. Mas, a planilha foi divulgada enquanto os dados ainda estavam públicos. Mesmo com os nomes citados, a planilha não deve ser considera como uma prova que existiu caixa 2 da Odebretch para os políticos.
O Tribuna do Ceará entrou em contato com a assessoria de Cid e Ciro Gomes por telefone, que negou a veracidade da informação. Ainda afirmou uma montagem da internet e que, na lista do O Estadão, o nome do ex-governador não aparecia. Porém, a reportagem verificou que o nome Cid consta também na lista do site.
Em nota, a assessoria informou que o ex-governador Cid Gomes esclareceu que, em 2010, a empresa realizou uma doação oficial no valor de R$ 200 mil para o diretório estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Ceará, do qual ele fazia parte. “O montante foi devidamente declarado e registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seguindo todas as normas eleitorais”, encerrou.