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Num discurso de quase 30 minutos realizada no final da manhã desta sexta-feira, 08, da tribuna do plenário da Câmara, o deputado Danilo Forte (PSB-CE) afirmou que o pedido de impeachment dapresidente Dilma Rousseff é legal e não é golpe, além de ser o único “remédio” para tirar o Brasil da atual crise política e econômica.

De acordo com o socialista cearense, o dispositivo constitucional do impeachment é “hoje o remédio legal” que o Congresso Nacional tem a obrigação de aprová-lo. Ele lembrou que todos os partidos que apoiam impeachment de Dilma assinaram a Constituição de 1988. Já os membros do PT que se opõem ao dispositivo constitucional não assinaram a Carta Magna do País.

“Dilma no País das maravilhas não dá mais. A realidade tomou conta do País. O País clama por uma alternativa. E esta alternativa tem que ser dada dentro da legalidade e no que preza a Constituição que nós parlamentares de todos os partidos que apoiamos o impeachment assinamos”, falou em referência ao fato dos congressistas do PT à época não terem assinado a Constituição promulgada em outubro de 1988.

“Golpe é o sofrimento que o povo está vivendo. Golpe é a carestia que faz com que o quilo de farinha esteja mais de R$ 8,00. Golpe é fazer com que o botijão de gás para família que precisa custe mais de R$ 60,00. Golpe é a gasolina a mais de R$ 4,00 num País que foi o único no mundo em que teve aumento depois da queda no preço do petróleo”, complementou.

Alta do desemprego

Na oportunidade, o parlamentar que é o único cearense a integrar na condição de titular a Comissão da Câmara que analisa o pedido de impeachment lembrou que se “já não bastasse essa carestia que atormenta principalmente àqueles que precisam do trabalho, que têm o salário regrado para pagar as contas no fim do mês, temos também uma grande preocupação que é o desemprego”.

“O Brasil hoje tem um exército de quase 10 milhões de pessoas que chegam para trabalhar e já não tem mais a oportunidade de ir ao seu trabalho. Tudo isso fruto de uma política econômica desastrosa e de um governo que é incapaz de rearrumar a economia de um dos países mais ricos do mundo”, frisou.

“Tudo isso foi fruto de um governo que ignorou a nação brasileira e priorizou um projeto partidário que deixava de lado o sentimento de nação e as preocupações com os setores mais pobres no sentido de garantir única e exclusivamente a luta do poder pelo poder”, completou.

Aviso

O deputado Danilo Forte falou também que já avisava as consequências danosas na economia “assistimos hoje” desde 2012, quando ainda era filiado ao PMDB e então integrante da base governista.

“Eu me lembro bem, que na época militando pelo PMDB, fomos ao presidente do partido Michel Temer, hoje vice-presidente da República, no sentido de dizer que a persistir àquela política hegemônica do PT, àquela política econômica do governo, nós entraríamos num caos econômico que traria sofrimento, amargura e tristeza para o povo brasileiro”, registrou.

Problemas na saúde

O socialista que presidiu a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no segundo governo do ex-presidente Lula, também comentou que o caos que arrasa a economia brasileira também leva a lona a saúde pública do País. Segundo ele, “porque fazer saneamento básico” no atual governo “virou uma política que não deve ser aprofundada e desenvolvida”.

“O Brasil que hoje tem medo de um mosquito, que hoje está acovardado diante da chikungunya, da zika, da microcefalia e que de novo os indicadores do meu Estado são nocivos a família cearense. Porque é um dos Estados com maior incidência de microcefalia”, lamentou.