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Ex-senador Gim Argello é preso em Brasília na 28ª etapa da Lava Jato

12 de abril de 2016 às 07:44

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O ex-senador Gim Argello foi preso preventivamente em Brasília na manhã desta terça-feira (12/04) durante a 28ª fase da Operação Lava Jato. Duas pessoas ligadas a ele foram presas temporariamente. A operação acontece desde a madrugada desta terça-feira (12) em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Ela foi batizada de Vitória de Pirro e cumpre 21 mandados judiciais.

Do total de mandados, dois são de prisão temporária, um é de prisão preventiva, 14 são de busca e apreensão e quatro são de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. As medidas estão sendo cumpridas na capital de São Paulo, capital do Rio de Janeiro, Taguatinga e Brasília.

Segundo a PF, as investigações apuram indícios concretos de que destacado integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no Senado Federal e também da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instaurada no Congresso Nacional teria atuado de forma incisiva no sentido de evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação.

A CPI e a CPMI da Petrobras foram instauradas em 2014 com o objetivo de investigar irregularidades dentro da estatal. Os crimes investigados nesta etapa são concussão, corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado.

Sobre o nome da operação, a PF disse que “remete a expressão histórica que representa uma vitória obtida mediante alto custo, popularmente adotada para vitórias consideradas inúteis. Em que pese a atuação criminosa dos investigados no sentido de impedir o sucesso da apuração dos fatos na CPI/Senado e CPMI/Congresso Nacional, tal fato se mostrou inútil frente aos resultados das investigações realizadas no âmbito da denominada Operação Lava Jato”.

27ª fase

A 27ª fase da operação foi batizada de Carbono 14 e deflagrada na sexta-feira (1º). A ação cumpriu 12 mandados judiciais na Grande São Paulo.

Essa fase investiga se dinheiro desviado da Petrobras teria sido usado para comprar o silêncio do dono do jornal “Diário do Grande ABC”, Ronan Maria Pinto, e do ex-secretário do PT Silvio Pereira sobre a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, morto em 2002.

No dia 5 de abril, o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, decidiu converter a prisão temporária do empresário Ronan Maria Pinto em preventiva – ou seja, por tempo indeterminado.Já Sílvio Pereira, Moro determinou a soltura.

Com informações do G1.