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“Estamos todos vulneráveis”, diz Roseno sobre morte de delegado

17 de novembro de 2016 às 08:22 - Atualizado em 17/11/2016 07:22

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A segurança pública foi, mais uma vez, tema de debate na Assembleia Legislativa do Ceará. O deputado Renato Roseno (Psol), ontem, ao lamentar, em pronunciamento, a morte do delegado plantonista da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), Aldízio Ferreira Santiago. Ele foi assassinado no final da manhã da última terça-feira (15/11), após reagir a um assalto. Essa é a 30ª morte de agentes de segurança pública do Ceará neste ano.

“Envio minha solidariedade e condolências aos familiares de todos esses trabalhadores. O número é o dobro do ano passado, e desses, quatro morreram em serviço”, disse o parlamentar.

Roseno aproveitou para citar números da violência e chamou atenção para o avanço do problema. “No Brasil, só em 2015, foram 56 mil homicídios. Já o Ceará é o segundo estado do Brasil com mais casos e Fortaleza a pior capital. Estamos todos vulneráveis”, disse.
Para Renato Roseno, é necessária maior atenção com os trabalhadores da segurança pública, pois, segundo ele, a polícia do Brasil “é que mais mata e morre”. O parlamentar defendeu melhor preparação desses profissionais, seja na formação, no ambiente de trabalho ou nas condições psicológicas.

Aumento

Renato Roseno ainda chamou a atenção para o aumento da taxa de homicídios em algumas áreas de Fortaleza, como o bairro Bom Jardim.
O deputado informou que está sendo fechado o documento final do Comitê de Prevenção de Homicídios na Adolescência – iniciativa da Assembleia Legislativa, em parceria com o Governo do Estado e com Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O texto contém recomendações de medidas para diminuir o índice de homicídios entre jovens.

Durante o debate, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) salientou que, no Brasil, em um ano, se mata mais do que em dez anos no Vietnã. “Me impressiono com o Rio de Janeiro que, em 1980, tinha uma das maiores taxas de homicídios do País e, com ações como a presença de Unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs), projetos sociais e escolas em tempo integral, conseguiu reduzir consideravelmente a violência no Estado”, afirmou.

Rede

Pelas redes sociais, o deputado estadual Capitão Wagner (PR), que também é policial, gravou um vídeo em que conclama a categoria para, “diante da inércia do governo do Estado”, “deliberar uma atitude de cobrança”. Wagner diz que tem visto “muita energia” das instituições quando o acusado é um agente de segurança e gostaria de ver “a mesma energia” nos casos em que a vítima é um policial.