Em debate quente marcado por duelo de direito de respostas
30 de setembro de 2022 às 08:49
O terceiro e último debate dos candidatos à Presidência da República foi marcado por acusações, discussões acaloradas, ofensas e inúmeros pedidos de direito de resposta. Novamente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder das intenções de votos, foi o principal alvo dos participantes, sendo mencionado em temas como corrupção, Mensalão, Petrolão e o assassinado de Celso Daniel.
Apesar das críticas diretas e indiretas de todos os oponentes, o principal adversário do petista foi o presidente Jair Bolsonaro (PL), em trocas mútuas de acusações.
Os ataques foram proferidos, principalmente, durante os direitos de resposta. Nos três primeiros blocos do confronto, o atual mandatário do país pediu oito vezes o tempo extra de fala, sendo atendido em quatro ocasiões, quando chamou o adversário de “mentiroso, ladrão e traidor da pátria”. “Rachadinha foram teus filhos roubando milhões de empresas. Que CPI é essa da farsa? O que achou ao meu respeito? Nada, não tem nada contra o meu governo. Tome vergonha na cara, Lula”, disse Bolsonaro, depois de ser acusado pelo petista de ter uma “quadrilha da rachadinha” e uma “rachadinha da família”. “Se comporte como presidente. Não minta, é feio presidente mentir como você mente toda hora, descaradamente”, disse o ex-presidente. Em outra ocasião, Lula afirmou estar constrangido pela quantidade de direitos de resposta (6 solicitados e 4 atendidos), mas falou em insanidades do presidente da República e prometeu acabar com sigilo de 100 anos imposto pelo chefe do Executivo. “Em 2 de outubro o povo vai te mandar para casa. (…) Quando aparecer aqui, minta menos”, concluiu.