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Domingos Filho se sente privilegiado e acompanha as articulações para embarcar no palanque mais seguro de 2022

10 de maio de 2021 às 13:32 - Atualizado em 10/05/2021 13:35

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Distante do noticiário e mergulhado nas articulações políticas, mas sem perder de vista os rumos da administração do município de Tauá, sob o comando da esposa Patrícia Aguiar, o presidente da Executiva Regional do PSD, ex-vice-governador Domingos Filho, desenha e redesenha a mapa das eleições de 2022 e, entre as peças do tabuleiro, se coloca como um privilegiado para entrar em uma chapa majoritária. Seja à esquerda, ao centro ou à direita.

Os diferentes caminhos na sucessão de 2022 são traçados pelo próprio Domingos Filho que, sem pestanejar, trabalha com a convicção de que, de um lado ou do outro, estará bem na cena. Quais são os caminhos? A quem faz essa pergunta, o líder do PSD tem múltiplas respostas: candidato a senador, candidato a governador, a vice-governador ou, em última hipótese, à Assembleia Legislativa.

A porta de entrada nas negociações está no tamanho do PSD que, no ano passado, saiu com 27 prefeitos nas eleições, mas ampliou a base com a filiação de ex-prefeitos que poderão endossar chapas à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal em 2022. O tamanho do partido é chamariz para Domingos Filho sentar à mesa de negociações sobre alianças ao Governo do Estado e ao Senado.

DOMINGOS É ALIADO DOS GOVERNOS ESTADUAL E FEDERAL E MUNICIPAL DE FORTALEZA

Após enfrentar contratempos, com a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Domingos passou a controlar o PSD e, com jogo de cintura, se reaproximou do senador Cid Gomes (PDT), emplacou aliados na administração Camilo Santana (PT) e, com a vitória de José Sarto (PDT) em 2020, ganhou, também, cargos na Prefeitura de Fortaleza. A aliança do PSD com o presidente Jair Bolsonaro abriu, ainda, por meio do deputado federal Domingos Neto, as portas do Palácio do Planalto para cargos e verbas da União.

A habilidade e a frieza para fazer política, características de quem comandou a Assembleia Legislativa e, em dois anos, viu ruir, com o fim do TCM, a mais próspera aliança que havia construído com os irmãos Ferreira Gomes, fazem de Domingos Filho um sobrevivente na vida pública, de quem, com a metade de uma década, saiu do planalto para planície e reconstrói, nos sonhos e nas articulações, a volta ao púlpito.

EM 2022, ALIANÇA PODE SER COM CAMILO E CID, MAS, TAMBÉM, COM WAGNER E EDUARDO GIRÃO

O mapa de Domingos Filho tem a escrita do pragmatismo: na dinâmica da política e, na arte de correr no mesmo sentido das águas, ou seja, olhar para não ir na direção contrária à maré, o líder do PSD, nas circunstâncias atuais de aliado, conversa com o Governador Camilo Santana e com o senador Cid Gomes e se coloca como fiel aliado, embora, na Região Norte, haja um olhar de insegurança.

A insegurança nasce pelo passado e, ao mesmo tempo, pelo presente: Domingos mantém a porta aberta com a oposição liderada pelo prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PSDB) e com o Capitão Wagner (PROS). A oposição terá o senador Eduardo Girão (Podemos), como aliado do presidente Jair Bolsonaro, candidato ao Governo do Estado.