Dilma está 'otimista' e 'confiante', dizem deputados governistas
Parlamentares da base se reuniram nesta segunda com a presidente. Aliados prestaram apoio à petista após derrota na sessão do impeachment.
18 de abril de 2016 às 15:14
Por 367 votos a favor, 137 contra, 7 abstenções e 2 ausências, os deputados federais aprovaram a admissibilidade do processo de afastamento da petista. Agora, cabe ao Senado decidir se acolhe ou não o processo.
Se os senadores decidirem dar prosseguimento, a presidente deverá ser afastada por até 180 dias e, neste período, enquanto o Senado irá julgá-la, Temer assumirá a Presidência da República.
Temer e Cunha
Em meio às falas dos deputados, o vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PTdoB-PE), pediu a palavra para dizer que “o dia de ontem não deveria ter existido na democracia brasileira”. Para ele, o resultado foi uma “injustiça histórica” e um “equívoco” causado pelo “ódio" e "vingança” do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
De acordo com relatos de assessores palacianos, a petista disse aos funcionários do Planalto que não será “fácil” derrubá-la. “Vamos dar trabalho”, disse a presidente, segundo relatos de pessoas próximas.
Na sede do Executivo federal, assessores dizem que está “no radar” a possibilidade de o governo acionar o Supremo Tribunal Federal para questionar supostas “nulidades” no processo de impeachment.
Às 17h, Dilma fará um pronunciamento fará um pronunciamento para comentar a decisão dos deputados federais. Até o momento, somente o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, comentou a decisão dos deputados federais.
Em uma entrevista coletiva concedida no início da madrugada desta segunda, o ministro afirmou que o governo recebeu com "indignação e tristeza" o resultado da votação no plenário da Câmara.