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Deputados cearenses decidem visitar obras da Transposição

17 de abril de 2018 às 08:49

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Integrantes da Comissão Externa Sobre a Transposição do São Francisco, da Câmara Federal, vão visitar o canteiro de obras de construção dos canais e túnel do Eixo Norte da obra. A decisão foi tomada durante seminário para debater a transposição e revitalização do Rio, realizado, ontem, na Assembleia Legislativa em parceria com a da Comissão Especial de Transposição do São Francisco do Legislativo Estadual, presidida pelo deputado Carlos Matos (PSDB).

Na ocasião, o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB/CE), presidente do colegiado federal, explicou que as obras têm sofrido seguidos atrasos. A última previsão de conclusão, segundo ele, seria em junho deste ano. Porém, a data foi prorrogada para setembro. “Há ainda o risco de que esse novo prazo não seja cumprido, porque as obras seguem lentas e, segundo informações, a empresa (Consórcio Emsa-Siton) está atravessando dificuldades financeiras e poderão ser interrompidos os trabalhos por falta de recursos”, afirmou.

O parlamentar tucano explicou que também é trabalho da comissão descontingenciar os recursos para a conclusão da obra junto ao Governo Federal. “Nós também iremos alertar os prefeitos sobre as obras complementares, que assegurarão a qualidade e a disponibilidade da água nos municípios. Se as medidas não forem adotadas, a população estará sujeita a ver a água passando pelos canais e não ter abastecimento nas casas”, advertiu.

Presente ao seminário, a representante do Ministério da Integração Nacional, Elianeiva Odísio, explicou que é compromisso da pasta federal que a obra seja concluída até setembro próximo. “Não vai faltar interesse nem dedicação de nossa parte. Porém, sabemos que a construtora responsável pelo túnel de Milagres, que faltam 90 metros para a conclusão, e a estação elevatória de Jati estão passando por problemas de gestão”.

O deputado federal Danilo Forte (PSDB/CE) externou as suas preocupações quanto à utilização das verbas da rubrica de investimentos do Ministério da Integração Nacional. Segundo ele, os valores efetivamente empregados nas obras da transposição são muito inferiores às verbas alocadas para a pasta. “Temo que novamente esteja em curso uma indústria da seca. As verbas que deveriam ser utilizadas na obra poderiam estar sendo desviadas para fazer clientelismo político com prefeitos”, avisou.

Outra preocupação, ressaltada pelo deputado Carlos Matos, diz respeito a expiração da outorga na água, se não for definido como se dará a gestão dos recursos hídricos até dezembro. Raimundo Gomes de Matos avisou que o assunto será tratado na próxima reunião da comissão, em Brasília.

Reservas


Já o superintendente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e representante da Secretaria de Recursos Hídricos, Iuri Castro, explicou que o atual quadro das reservas hídricas do Estado está em níveis muito preocupantes, o que torna a transposição uma necessidade para o presente. “No momento, os 155 açudes monitorados pela Cogerh dispõem de 13% da capacidade, apenas, quando no final do ano passado, esse índice era de 6%. E os açudes que abastecem a região metropolitana, Pacoti, Riachão, Gavião e Acarape, ainda estão nos mesmos níveis”, frisou.

Os dois principais reservatórios do Estado, Orós e Castanhão, também não apresentam recargas significativas, conforme salientou Iuri Castro. “Estão, com reservas semelhantes às do final da quadra invernosa do ano passado, ou seja, em situação ainda crítica”, salientou o gestor. Ele explicou ainda que as obras do Cinturão das Águas para receber o aporte do rio São Francisco também ficarão concluídas em setembro.

E ainda


Também participaram do seminário os deputados federais Gonzaga Patriota (PSB/PE), Rachel Muniz (PSD/MG) e Domingos Neto (PSD/CE), além de representantes do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na figura de Ângelo Guerra, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), com Rodrigo Diógenes; e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com a presença de Luís Oliveira.


O Estado CE