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Danilo Forte solicita sessão especial sobre fraude bilionária no INSS

02 de julho de 2025 às 09:36 - Atualizado em 02/07/2025 09:36

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A Câmara dos Deputados realizará nesta quarta-feira (2) uma sessão especial para discutir a fraude bilionária envolvendo descontos associativos indevidos no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A iniciativa é do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que afirmou ter recebido na segunda-feira (30) o aval positivo de Motta.

Segundo Forte, a intenção é aprofundar o debate sobre três pontos principais: a restituição rápida dos valores desviados aos segurados, a possibilidade de confisco de bens para viabilizar essas devoluções e a criação de mecanismos que evitem a repetição de fraudes semelhantes. A audiência, que acontecerá em formato de comissão geral, reunindo todas as comissões da Casa, foi autorizada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em meio à crescente tensão entre o Congresso Nacional e o governo federal.

Foram convidados para a audiência o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, o atual presidente do INSS, Gilberto Waller, e o ex-presidente do órgão, Alessandro Steffanutto. Este último foi exonerado após uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelar um esquema de fraudes que pode ter movimentado mais de R$ 6 bilhões por meio de cobranças automáticas irregulares a aposentados e pensionistas.

A crise no INSS tem sido explorada por parlamentares da oposição como forma de desgastar a imagem do governo Lula (PT). O Planalto, por sua vez, argumenta que o esquema fraudulento teve início durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além disso, Hugo Motta também é relator de um projeto de lei que propõe o fim dos descontos automáticos de associações em benefícios do INSS, mecanismo apontado como facilitador das fraudes. A proposta pode ser colocada em votação ainda nesta semana.

A realização da audiência ocorre em um momento de atrito entre o Legislativo e o Executivo. A tensão aumentou após a Câmara, sob comando de Motta, derrubar um decreto presidencial sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Em resposta, o governo federal iniciou uma campanha nas redes sociais criticando o Congresso e defendendo medidas para aumentar a arrecadação e reforçar políticas de redistribuição de renda.