TVJ1.com.br

Política



PUBLICIDADE

{}

‘Cunha não comove ninguém’, diz líder do PSOL na Câmara

Partidos de oposição já tratam da sucessão do comando da Casa

07 de julho de 2016 às 16:12 - Atualizado em 07/07/2016 16:13

undefined

 

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP), líder de seu partido na Câmara, comemorou a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele disse que são duas vitórias: o fim da desmoralização da Casa e a cassação do peemedebista, que segundo ele será inevitável.

— A primeira vitória é o fim da desmoralização da Câmara dos Deputados. E a segunda vai ser a cassação e prisão de Eduardo Cunha. Eduardo Cunha não comove ninguém. Dizer que está sendo expulso daqui por vingança é um escárnio.  

Ivan Valente anunciou que seu partido deve lançar um nome e começará a discutir o assunto amanhã.

— O PSOL deve lançar candidato próprio sim, como fez em momentos anteriores. Um candidato para enfrentar esse Centrão e o governo Michel Temer, que se aliou a Cunha e ajudou a construir essa saída do ex-presidente da Câmara — disse Valente.

Parlamentares de partidos de oposição ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já tratam da sucessão do comando da Casa e falam em lançar candidatura própria. O PT e a Rede também anunciaram que deve lançar um nome da legenda. O propósito comum desses partidos é impedir a vitória de um aliado de Cunha.

— A renúncia de Eduardo Cunha foi uma renúncia em causa própria. Foi para preservar seu mandato e tentar influenciar na escolha de seu sucessor. Ou seja, ele quer continuar mandando. Não pode o pior e o mais corrupto presidente que essa Casa teve dar as cartas para alguma coisa aqui — disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS), que sugeriu o perfil do candidato anti-Cunha:

— Precisamos construir uma candidatura com o nome de alguém que votou contra o golpe, contra o impeachment da presidente Dilma. O nome de alguém em defesa da democracia e de partidos que foram nossos aliados, caso do Molon (Alessandro Molon, da Rede do Rio), que estava a seu lado.

— Isso é coisa de amigo — reagiu Molon, que comentou a renúncia de Cunha.

— Temos que comemorar essa grande vitória da população brasileira. Eduardo Cunha pretende, mais uma vez, transformar suas derrotas em manobras, em possibilidades de reverter sua situação e salvar seu mandato. Foi um movimento desesperado e calculado. Mas não vai conseguir. Sua cassação vai passar - disse o líder da Rede, que também acha que é preciso que opositores a Cunha discutam um nome.

O Globo