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Com decisão "no colo do Senado", Eunício diz que posição do PMDB sai até amanhã

Cearense líder da bancada peemedebista no Senado, Eunício Oliveira afirma que "não tem como encaminhar diferente do sentimento da população" em relação ao impeachment

18 de abril de 2016 às 07:59


“Agora a bola caiu no nosso colo”, disse ao jornal O POVO o senador cearense Eunício Oliveira (PMDB), por telefone, logo que a votação na Câmara definiu pela admissibilidade de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. 

A leitura total dos votos dos deputados, que começara à tarde, nem havia se encerrado, mas Eunício sabia que sua noite de domingo, em Brasília, ainda seria longa. 

Ele havia acabado de receber uma ligação para ir se reunir na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). “Vou dar uma passada lá pra conversar.”

Eunício prevê que até amanhã a bancada do PMDB no Senado, da qual ele é o líder, deva anunciar o posicionamento sobre o processo de impeachment. O partido tem 19 senadores e o quadro é de maioria pela saída de Dilma: oito se declaram pelo impedimento; dois são contra; e pelo menos sete não disseram abertamente qual rumo tomarão, embora emitam sinais de fumaça nesse sentido. 

Eunício e Renan são dois desses votos não declarados publicamente. “Eu não quero tornar essa coisa pública para não criar agora problema em relação à bancada. Porque precisamos ter cuidado. Mas não tenho como encaminhar diferente do que é o sentimento da população. Não tem jeito”, afirmou o senador cearense, indicando qual deve ser o anúncio de amanhã.

Na conta dos 19 senadores peemedebistas também está a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que deve se afastar do cargo e já anunciou que pretende contrariar o partido e apoiar a presidente Dilma.


O Povo