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Capitão Wagner elogia Camilo e diz que irá a Brasília articular ajuda

07 de janeiro de 2019 às 11:36 - Atualizado em 07/01/2019 11:36

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 Governador Camilo Santana (PT)

O Deputado federal eleito, Capitão Wagner (Pros) afirmou em live ontem no Facebook, que viaja a Brasília amanhã em busca de ajuda para a crise na segurança pública no Ceará. O parlamentar aproveitou para elogiar o governador Camilo Santana (PT), tanto pela escolha de Mauro Albuquerque para a Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará, como pelo pedido de reforço da Força Nacional desde que os ataques começaram, na noite da última quarta-feira, 2.

"Tiveram erros, mas não está na hora de nós fazermos oposição e tripudiarmos em cima desses erros. Está na hora de nós nos unirmos", disse. Ele acrescentou que visitou alguns municípios alvos de ataques e, em entrevista ao O POVO, acrescentou que ligou para o governador e relatou falhas.

"Eu verifiquei, por exemplo, que estava faltando aeronaves em pelo menos duas sedes da Ciopaer (Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas) no interior. Antes de qualquer crítica, eu liguei para o governador para que ele pudesse se atentar e ele prometeu que iria solucionar esse problema", explica. Na ligação, Capitão Wagner afirmou que o governador também explicitou que não pretende recuar, postura também elogiada.

Secretário da Casa Civil, Élcio Batista destaca que "a eleição acabou e esse momento é de governar", portanto qualquer ajuda terá "nosso apoio e nossa aproximação". "A questão da segurança pública é uma questão suprapartidária, ela está acima dos interesses individuais, dos interesses ideológicos, das preferências partidárias", afirmou.

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Voz de oposição a Camilo Santana, Capitão Wagner, que é presidente estadual do Pros, reforçou que está "à disposição para ajudar no que pudesse ajudar, em Brasília ou aqui". O governador ainda não possui interlocuções oficiais com o presidente Jair Bolsonaro, que chegou a criticá-lo na última sexta-feira, 4.

Aliado de Bolsonaro, Capitão Wagner embarca amanhã para Brasília. Segundo ele, na quarta-feira, tem reunião marcada com o comandante da Força Nacional, coronel Aginaldo, e com o Secretário nacional da Segurança Pública, General Theophilo. Ele aguarda confirmação de reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

"Eu estou tentando também uma reunião com o ministro da Defesa, porque o governador falou que tem interesse em ter o apoio também das Forças Armadas (além da Força Nacional) nas ruas, mas há um protocolo a ser seguido, então a gente vai tentar ver com o ministro da Defesa se a gente agiliza esse protocolo", explicou à reportagem.

Pesquisadora do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ana Letícia Lins acredita que o distanciamento entre governos federal e estadual é um ponto crítico para a resolução da crise. "O Bolsonaro enviou a Força Nacional, então ele pôde dizer 'mesmo ele sendo radical a nós, mesmo sendo de um partido que é contra nós, estou enviando a Força Nacional para ajudar o povo cearense'. Isso tem um preço. O envio significa principalmente a captação de capital político para quem envia", aponta.

De novo 

Ana Letícia Lins avalia como um ponto problemático da crise na segurança, o fato de que "essa não é a primeira vez que a gente está passando por isso. É, pelo menos, a quarta vez desde 2016".

Diálogo 

Elcio Batista afirmou que o diálogo de Camilo Santana com o ministro Sergio Moro tem sido de "muito entendimento" e que "o governador tem estado em contato com ele praticamente todos os dias".

(Jornal O Povo - Repórter Luana Barros)