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Ala do PSDB quer Tasso na presidência do partido

07 de novembro de 2017 às 09:18 - Atualizado em 07/11/2017 09:20

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O nome de senador Tasso Jereissati deverá ser colocado na disputa à presidência do PSDB, hoje, pela ala de deputados tucanos que defende o rompimento do partido com o governo Michel Temer. Caso eleito em dezembro, os tucanos esperam que o senador anuncie o desembarque do atual Governo. Eles também defendem a inclusão no estatuto da sigla uma crítica formal a erros cometidos por tucanos.

Assessoria do senador, por sua vez, não confirmou as informações. Disse, apenas, não haver nada oficial em relação ao assunto.


É esperado ainda uma participação de Tasso em uma reunião para discutir a disputa interna da legenda com os parlamentares e com o governador de Goiás, Marconi Perillo –que já anunciou que vai concorrer à presidência do partido.

Tasso, que ocupa interinamente o comando do PSDB, defende que a sigla entregue seus quatro ministérios logo após a convenção que vai escolher a nova cúpula tucana, no dia 9 de dezembro.

Ele também encomendou um novo estatuto que contenha uma autocrítica e estabeleça normas para filiados e dirigentes da sigla. O senador quer criar regras de conduta ética e legal, e contratar uma auditoria para verificar a aplicação desse programa.

“Identidade”

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Ao jornal O Estado, o deputado estadual Carlos Matos (PSDB) disse o que “está em jogo não são nomes, mas modelos de PSDB”. “Há uma crise interna e boa parte quer um PSDB que possa mostrar sua identidade original”, explicou ele.

Segundo o deputado, o melhor neste momento seria encontrar um nome de consenso. Questionado sobre o nome do senador Tasso Jereissati, Matos afirmou que o correligionário não possui “projeto pessoal” para se manter à frente da legenda, mas sim “um desejo de que o partido volte aos trilhos”.

Resistência

As teses de Tasso tem enfrentado resistências no grupo do PSDB alinhado ao senador Aécio Neves (MG), afastado do comando do partido desde que foi flagrado em gravações pedindo dinheiro a Joesley Batista. Essa ala rejeita o desembarque imediato porque Aécio fortaleceu suas pontes com Temer nos últimos meses e bancou a permanência dos quatro ministros tucanos em seus cargos.

O grupo também repudia a autocrítica porque considera que o senador mineiro é o principal alvo desse movimento. Os aecistas se opõem a Tasso e apoiam a candidatura de Perillo ao comando do PSDB.
Na última semana, o governador goiano adotou um tom conciliador defendeu um “desembarque educado” do governo, mas ainda não aderiu totalmente à autocrítica.

Aliados de Tasso admitem que ele pode buscar uma composição com Perillo se o governador adotar os dois pontos em sua candidatura. Tucanos que se opõem ao desembarque evitaram criticar defesa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas rebateram a entrega imediata dos cargos.
“Não vejo relevância política em sair do governo em dezembro ou março. Em vez de consumir energias com a luta interna, o partido deveria construir uma visão de futuro para o Brasil”, disse o deputado Marcus Pestana (MG). FHC defende o desembarque do partido do governo Michel Temer.

Jornal O Estado CE