Adelmo Aquino analisa a atual situação financeira dos municípios cearenses
02 de agosto de 2015 às 12:27
O ex-prefeito da cidade de Alto Santo comentou um pouco sobre a atual crise financeira que está atingindo os municípios de todo o Brasil.
Na oportunidade, Adelmo ressaltou a importância do movimento que se deu na sexta-feira passada (31) com a paralisação das prefeituras cearenses em forma de protesto contra cortes e atrasos de repasses federais para os municípios.
“Foi muito importante, até porque chamou a atenção das autoridades constituídas do país e principalmente levar ao conhecimento do grande público sobre o estado que as prefeituras estão passando”, ressalta Aquino.
Segundo Adelmo, o Governo Federal cortando recursos, aumentando as obrigações e elevando a taxa tributária, está trazendo grandes prejuízos para as prefeituras cearenses, e cita o caso de Alto Santo.
“Uma prefeitura como essa de Alto Santo paga mais de 400 mil reais por mês só de impostos. É aquela velha história, ele (Governo Federal) dá com uma mão e tira com a outra”, explica o ex-prefeito.
Sobre a paralisação das prefeituras,cerca de 120 dos 184 municípios cearenses paralisaram as atividades nesta última sexta-feira (31) como forma de denunciar a atual situação de crise financeira das administrações municipais devido à seca e políticas nacionais e estaduais que impactam sobre a economia municipal.
Adelmo Aquino aconselha que depois os municípios se reúnam e elenquem suas reivindicações fundamentais para que possam caminhar livres.
“Se o Governo Federal não resolver em um prazo estabelecido, é o jeito as prefeituras fecharem definitivamente suas portas, deixando somente a Saúde e as finanças dos funcionários”
Prefeitos de toda região estão preocupados sobre como organizar as contas com a queda de receitas, ocasionada, principalmente pela defasagem do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Adelmo aponta um conjunto de fatores negativos, que não apenas inviabiliza a gestão, como cria uma situação social de intranquilidade.