‘’A CSP não pode parar jamais’’, afirma Camilo ao garantir água no Pecém
26 de janeiro de 2017 às 10:08
O governador Camilo Santana (PT) inaugurou, nesta quarta-feira, em São Gonçalo do Amarante, o sistema de aproveitamento das águas das dunas do Pecém. A obra, representada por um conjunto de 38 poços, recebeu um investimento de R$ 6,5 milhões e garantirá, para o funcionamento da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), uma vazão de 200 litros de água por segundo.
‘’A CSP não pode parar jamais’’, disse Camilo, ao lado do prefeito de São Gonçalo, Cláudio Pinho (PDT), do presidente da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), do deputado federal Odorico Monteiro (PROS), de secretários, técnicos do Governo do Estado e representantes de entidades sindicais e empresariais. Outros dois sistemas de aproveitamento das águas nas dunas garantirão mais 400 litros de água por segundo com os poços profundos nas praias da Taíba, São Gonçalo do Amarante, e Cumbuco, em Caucaia.
Camilo que, logo após a solenidade no Pecém viajou com destino a Brasília para reunião com o Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, onde discute novas ações de combate aos efeitos da estiagem no Ceará, destacou os projetos do Governo do Estado para dar mais estabilidade ao abastecimento de água na Grande Fortaleza, no Complexo Portuário e no Interior do Ceará.
A relação de projetos, obras e ações inclui a perfuração, nos últimos dois anos, de 2.800 poços em áreas rurais e urbanas, 560 chafarizes, 200 dessalinizadores e 300 km de adutoras, além do sistema de reuso da Estação Gavião, que possibilitou o acréscimo de 300 litros de água por segundo na Região Metropolitana de Fortaleza. Todo esse esforço, segundo o governador cearense, é para evitar o colapso no abastecimento de água para a população e garantir o funcionamento das indústrias, assegurando, assim, a manutenção de milhares de empregos.
O Sistema de Aproveitamento do Aquífero Dunas, segundo Camilo Santana, evitará o uso pelas indústrias do Complexo Portuário do Pecém das águas do Castanhão. Camilo destacou que a obra no Pecém é fruto dos estudos desenvolvidos pelos técnicos da Companhia de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Cogerh) que apontavam considerável reserva de água no subsolo, com possibilidade de recargas diretas e anuais.
A recarga das águas, de acordo com os estudos da Cogerh, se deve a dois fatores: o tipo de solo (arenoso e preservado) da região e às médias de chuvas no litoral, que mesmo em anos ruins, costumam atingir ou até superar as do Estado. A obra foi tão bem sucedida que a Cogerh e a Sohidra realizam testes na região da Taíba/Siupé.