37% avaliam Congresso como ruim ou péssimo, aponta Datafolha
17 de agosto de 2020 às 10:21 - Atualizado em 17/08/2020 10:22
A avaliação negativa do Congresso Nacional subiu cinco pontos percentuais no primeiro semestre, de acordo com uma pesquisa Datafolha divulgada na noite do último domingo (17). São três pontos acima da margem de erro de maio até agora. O Supremo Tribunal Federal, outro ponto de conflito com o presidente Jair Bolsonaro, manteve a avaliação estável durante o primeiro semestre — mas oscilou negativamente, dentro da margem de erro.
A pesquisa Datafolha foi coletada pelo telefone entre os dias 11 e 12 de agosto com 2.065 pessoas. De acordo com as médias, a atual legislatura se mantém estável — após uma queda acentuada no auge da disputa com o Executivo. A situação do Congresso também se mantém estável em relação à pesquisa feita em maio: de 18% para 17% ótimo e bom — mas a reprovação subiu de 32% para 37%. A avaliação regular oscilou de forma negativa de 47% para 43%.
Já a avaliação dos 11 ministros do STF se manteve estável. Quem achava a atuação do Supremo ótima e bom desceu de 30% para 27% e regular de 40% para 38%. A avaliação ruim/péssima subiu de 26% para 29%. Na pesquisa anterior, tanto a Corte quanto o Congresso tiveram uma queda na rejeição popular em relação à dezembro de 2019: ministros de 39% para 26% e parlamentares 45% para 32%.
A avaliação do Congresso não oscila muito entre os que consideram o o governo bom ou ótimo, mas a rejeição sobe quando o avaliado é o STF. Neste cenário, a avaliação de um trabalho ruim ou péssimo é de 41% — e vai a 46% entre os que dizem sempre confiar no que Bolsonaro diz. Os mais ricos são os mais críticos aos Poderes: no grupo que ganha mais de 10 salários mínimos, 51% rejeitam o Congresso e 52% o Supremo.
A avaliação mais positiva dos parlamentares vem dos mais pobres e menos instruídos — 22% e 21% ótimo ou bom, respectivamente. Do ponto de vista dos magistrados, são 31% e 32% de aprovação nos mesmos grupos. A crítica ao Legislativo e Judiciário é maior entre empresários e funcionários públicos.