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Túnel é encontrado em área de lideranças do PCC na CPPL 3, em Itaitinga

Quatro túneis foram encontrados ontem na penitenciária. Sejus diz que nenhuma das escavações chegava até o lado de fora. Operação ocorre após fuga de 11 presos no domingo

15 de março de 2017 às 09:27 - Atualizado em 15/03/2017 09:27

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Entre os quatro túneis encontrados ontem na CPPL 3, em Itaitinga, um era na vivência A, setor em que estão lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC). O POVO apurou que os túneis foram achados durante uma operação do Batalhão de Choque (BPChoque) com a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus). A força-tarefa foi montada após a fuga de 11 internos na madrugada do último domingo, 12.
 
Com o túnel que foi encontrado no domingo, quando fugiram 11 presos, chega a cinco o número de túneis encontrados na CPPL 3 em 48 horas. A operação de ontem começou às 9 horas e terminou às 18 horas. Foram achados 34 aparelhos celulares e algumas barras de ferro.
 
Havia túneis que partiam de dentro de uma cela e também do lado de fora dela. Em nota, a Sejus informou que os buracos ainda estavam em processo de escavação e não chegavam à parte externa da unidade. “Eles foram descobertos graças a um trabalho preventivo que a Sejus realiza nas unidades prisionais. A operação de fechamento dos buracos contou com agentes penitenciários e policiais militares”, divulgou.
 
Para o presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, Cláudio Justa, que acompanhou a vistoria, a situação é delicada. “Na vivência A é que estão os internos mais perigosos”, ressalta.
 
Vistoria
 
Para o presidente do conselho, o que mais chamou atenção foi o fato de serem escavados túneis e ninguém tomar ciência do que estava acontecendo. Para Justa, os 11 que escaparam no domingo não são lideranças de facções criminosas, mas a fuga representou uma espécie de teste para algo maior que iria acontecer. A CPPL 3 é uma das unidades em que os presos permanecem soltos nas vivências.
 
Acompanharam a vistoria de ontem representantes do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Conselho Penitenciário, a Defensoria Pública e juízes corregedores. Justa diz que a entrada do Batalhão de Choque foi tranquila, mas alerta que as ameaças de motins e rebeliões só acontecem com a saída dos militares. Ele defende a necessidade de ocupação das unidades prisionais pela PM, mas pondera que, com a PM dentro das unidades, a Cidade fica sem policiamento.
 
O Povo