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Secretário de Pacatuba é preso por chefiar esquema de agiotagem que movimentou R$ 23 milhões no Ceará

19 de dezembro de 2018 às 14:39 - Atualizado em 19/12/2018 14:40

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O secretário de articulação política do município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, e outras seis pessoas foram presas por integrarem uma quadrilha que trabalhava com um esquema de lavagem de dinheiro, agiotagem e sonegação fiscal. O esquema movimentou cerca de R$ 23 milhões, segundo a polícia. As prisões foram realizadas na última sexta-feira (14), mas a divulgação ocorreu na manhã desta quarta-feira (19) por delegados da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco).

De acordo com a polícia, o responsável por comandar a quadrilha é Antônio Fábio da Silva Araújo, de 41 anos. Conhecido como “Bim Araújo”, ele é secretário de articulação política na Prefeitura Municipal de Pacatuba.

Segundo a polícia, a função de Bim na prefeitura facilitava as ações criminosas do grupo. A polícia acredita que a quadrilha tenha cerca de 80 imóveis.

As investigações iniciaram há seis meses. De 2008 a 2016 a evolução patrimonial de Bim chegou a dois mil por cento no período, de acordo com o delegado Alisson Gomes.

Parque aquático e carros de luxo

A operação intitulada “Proprietarius” terminou com a apreensão de 51 imóveis e 52 veículos, incluindo dois automóveis de luxo. Ainda segundo apuração da polícia, cinco contas bancárias foram bloqueadas.

Dentre os imóveis apreendidos estão casas, apartamentos, quitinete, salas comerciais, terrenos em loteamentos, espaços para eventos, parque aquático, óticas, concessionária de motos, salão de beleza, igreja evangélica, autoescola e até um supermercado em construção, nos municípios de Pacatuba, Maracanaú, Fortaleza, Cascavel, Pindoretama e Russas. Sessenta e três cadernos também foram apreendidos com toda movimentação financeira desde 2015.

De acordo com a polícia, nem todos os imóveis estão registrados no nome de “Bim”, pelo fato dele usar laranjas. Bim utiliza seus perfis nas redes sociais para negociar os aluguéis desses espaços. O mesmo número que ele usava para alugar os espaços de entretenimento usava também para alugar casas e apartamentos e quitinetes. Eles criaram três empresas que eram usadas para camuflar o dinheiro ilícito.

Uma das empresas era de serviços de cobrar e locação de mão de obra e era responsável reformas e benfeitorias nos imóveis comprados pelo grupo criminoso. Outra empresa de venda de equipamentos era utilizada para fazer cobranças de pagamentos de empréstimos a terceiros e uma outra, no caso uma imobiliária, servia para administrar todos os imóveis da organização criminosa. A polícia reforça que nenhum imóvel está no nome de Bim.


G1