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Procurador de Justiça aposentado é preso no DF acusado de matar delegado no Ceará

30 de março de 2019 às 10:00

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A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (29), o procurador de Justiça aposentado Ernandes Lopes Pereira, de 70 anos, em um posto de combustível no Núcleo Bandeirante – região administrativa do Distrito Federal. Ele é acusado de matar o delegado Cid Júnior Peixoto do Amaral, no Ceará, em 2008.

Segundo as investigações, Pereira estava foragido desde 14 de dezembro do ano passado. Em setembro, ele foi condenado pelo crime no Tribunal de Justiça cearense e teve a pena estabelecida em 13 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado. Desde então, ele não tinha sido localizado.

Na denúncia, o Ministério Público do Ceará informou que o procurador matou o delegado com um tiro. A vítima, de 60 anos, foi atingida na cabeça. O disparo acertou a região próxima à orelha, e ele morreu na hora.

Depois da prisão, nesta sexta (29), a Polícia Civil do DF informou que vai enviar um ofício ao TJ do Ceará para comunicar oficialmente o órgão sobre a prisão do procurador aposentado. O documento pede a transferência do homem detido para a capital cearense.

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O caso

De acordo com a investigação, pelo menos três pessoas estavam na casa onde ocorreu o crime. Uma das testemunhas, o motorista do suspeito, contou à policia que o patrão consumiu bebida alcoólica desde o início da manhã do crime.

motorista disse ainda que não houve discussão entre o procurador e a vítima. Os advogados da família do delegado e o Ministério Público defenderam que a ação de Ernandes foi proposital.

A defesa do acusado argumentou que o tiro disparado ocorreu de "forma involuntária" e que os reflexos do procurador Ernandes estavam "comprometidos pelos efeitos da bebida".

No entanto, uma das testemunhas de acusação, a perita criminal Luciana de Amorim – que trabalhou no caso –, afirmou que a arma usada no crime é "uma das mais seguras", pois possui três travas de segurança. "Sem vontade de acionar, não dispara", afirmou Luciana perante o júri.


Com informações do G1