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Operação desarticula quatro núcleos de facção criminosa

15 de dezembro de 2017 às 08:32

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Na investigação definida como mais abrangente contra uma organização criminosa no Ceará, quatro núcleos da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) foram desarticulados. Iniciada em maio de 2015, a ação conjunta de Ministério Público do Ceará (MPCE) e Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) culminou, ontem, na operação Saratoga — que cumpriu 46 mandados de prisão preventiva.

Entre os presos estão líderes de quatro núcleos com atuação em Fortaleza, Maracanaú e Caucaia. Delegado da Polícia Civil em Caucaia, inspetor civil, sargento e soldado da Polícia Militar também são alvos da denúncia. O delegado teria sido gravado em conversa com líder da facção. Ele negociava, por R$ 20 mil, a liberação de um mototaxista preso por associação e tráfico de drogas e a redução do flagrante de um traficante.

A Saratoga é a segunda operação em menos de dez dias que aponta suspeita de envolvimento de policiais com o tráfico.

Detalhes

Divulgadas em coletiva à imprensa, ontem, na sede da SSPDS, as informações são de que 17 dos 46 alvos já eram detentos do sistema prisional. Outros cinco tiveram as prisões preventivas decretadas, além das prisões do delegado e do inspetor. O sargento também já se encontrava preso. O soldado não foi localizado. Uma advogada, companheira do soldado, também está entre os denunciados. Vinte e um dos alvos são considerados foragidos.“O número dos alvos que já estavam presos chama atenção porque são pessoas que continuam praticando crimes de dentro dos presídios”, apontou o titular da SSPDS, André Costa.

Dos 17 denunciados, 15 são considerados líderes ou químicos (que preparam a droga) do esquema. “Para estes, nós pedimos e foi acatado o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que é uma maneira de retirar de uma forma mais eficaz a comunicação com o meio externo”, explicou o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Epaminondas Vasconcelos. Assim, os presos devem ser transferidos para presídios de segurança máxima em outros estados.

Para os líderes, as penas devem variar, em caso de condenação, de 45 até 503 anos de prisão.

No período de dois anos e meio de investigação no bairro Bom Jardim, e nos limites de Caucaia e Maracanaú, houve prisão em flagrante de 53 pessoas.

O Povo